segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

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Ex-prefeita de Fortaleza será testemunha em favor de Battisti

02 de fevereiro de 2009 • 13h22 • atualizado às 13h22

Bruno de Castro - Redação Terra
Direto de Fortaleza

A ex-prefeita de Fortaleza (CE), Maria Luíza Fontenele, será, ao lado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e do deputado estadual Fernando Gabeira (PV-RJ), uma das testemunhas de defesa do italiano condenado à prisão perpétua, Cesare Battisti. Ex-militante de esquerda, ele é acusado de cometer quatro assassinatos na década de 70, mas recebeu do ministro da Justiça, Tarso Genro, a condição de refugiado político no Brasil.
Maria Luíza foi convidada por um dos advogados de Cesare, Luiz Eduardo Greenhalgh, e começa já nesta segunda-feira a ser instruída sobre o andamento do processo. Contudo, a data do depoimento ainda não foi marcada. "Ele solicitou três pessoas que lutam nacional e internacionalmente em favor da anistia. E eu fui uma das escolhidas", explica ela, que deve falar em juízo sobre a acusação contra o italiano no tocante a um possível uso de passaporte falso para entrar no Brasil.
A ex-prefeita diz que a condição de preso político imposta a Cesare é "inconveniente" e defende que o ex-militante seja libertado pela Justiça brasileira, pois já rebateu as acusações de assassinato. Ele está num presídio em Brasília desde 2007, quando entrou no País tendo como "canal" a capital cearense e foi preso no Rio de Janeiro. "Não terei dificuldades em falar sobre isso, mesmo porque participei de um comitê de apoio ao Cesare", complementa.
Maria Luíza Fontenele foi prefeita de Fortaleza entre os anos de 1986 e 1988 pelo PT e sempre se posicionou em favor da anistia. Enquanto deputada, também levantou essa bandeira e, desde que Cesare foi condenado pela Itália e recepcionado pelo Brasil, tem se posicionado em favor da libertação do italiano. Hoje, ela não está ligada a nenhuma legenda e encabeça o Movimento Crítica Radical, que prega o fim do capitalismo.


O Petismo continua sua sanha ideológica em assegurar que Battisti fique ‘entre nós’ e se torne mais um membro da quadrilha. Que time: Além do mentor Tarso, temos as ‘testemunhas’: Eduardo Suplício, Maria Fontenele e claro, o advogado Greenhalgh. Além da companhia ‘ilustre’ de Gabeira, que enganou muita gente tempos atrás, ensaiando um: “deixei disso”. Será que o testemunho deles é válido? Baseado em quê, eles podem ajudar Battisti contra as acusações com provas de seus assassinatos e roubos na Itália? Mas isso já era esperado.
Mais uma vez atento pelo doutrinamento na redação da matéria: ‘Ex-militante de esquerda’ foi usado nessa matéria para definir Battisti, seria cômico se não fosse trágico. Battisti já foi chamado de ‘ex-terrorista’ também. Quem sabe não emendam um ‘ex-assassino’ num futuro não muito distante.
Pressinto que quando se referirem a Zé Dirceu, Marcos Valério e Palocci, entre outros, colocarão ‘ex-corrupto’ na frente de seus nomes.