sexta-feira, 28 de agosto de 2009

No It's abouth Nothing ...

Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009

A ditadura lulista agora é oficial

A decisão (mais uma) do Supremo Tribunal Federal livrando o ex-ministro Antonio Palocci Filho de responder judicialmente pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa - episódio que levou à sua queda da pasta da Fazenda no final de março de 2006 – evidenciou que estamos em uma ditadura. Para os ainda incrédulos, basta observar que sequer temos mais o teatro da separação dos três poderes, agora o legislativo e o judiciário escancaram a sua subordinação irrestrita ao executivo, ou melhor, a Lula.

O caseiro Francenildo Costa vive de bicos até hoje, Francenildo é mais um dos milhares de brasileiros que luta diariamente para sobreviver, ou melhor, para subexistir. Enquanto os amigos do poder, ou seja, de Lula desfrutam de benesses e impunidade ilimitadas.
Lula controla seu partido com mãos de ferro, do mesmo modo que controla todas as esferas do poder, ultimamente o presidente vem constantemente exibindo demonstrações de força.
Para quem, como eu, ainda não crê nesta desistência de Lula em prolongar seu mandato indefinidamente, isto soa um teste para suas reais pretensões. Com o atual cenário da sucessão presidencial, onde a candidata do governo vê suas já remotas chances, se esfacelarem por sucessivos escândalos morais (a pecha de mentirosa conseguida pela mentira em sua graduação e por negar o encontro com Lina Vieira) e com a falta de nomes no PT, a tentação sobre um homem autoritário que crê poder tudo, aumenta consideravelmente.

Este episódio deprimente e fúnebre, pois enterra definitivamente nossa parca república e nossa pífia democracia, abre precedentes perigosos. Mesmo que Lula e sua camarilha sejam defenestrados do poder, quem o sucederá encontrará um cenário favorável para continuar os desmandos. Instituições enfraquecidas e a opinião pública anestesiada.

A ditadura do Lulismo e do petismo não nasceu neste dia, é um processo que está sendo construído há mais de vinte anos, porém hoje, ela se evidenciou para quem quer enxergá-la e também para quem não quer. Todos somos Francenildos a mercê dos caprichos e desejos autoritários dos novos (e dos velhos) donos do poder, sem qualquer respaldo da justiça, esta que recebe este nome no Brasil por um mero capricho.