EU, UM SÚDITO DA RAINHA!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 4:15O Itamaraty está embarcando em mais um roubada. O Megalonanico já está todo alvoroçado, em seus passos miudinhos, para conclamar o apoio da América Latina à Argentina na nova “guerra” das Malvinas. Hugo Chávez, ditador da Venezuela, foi mais longe e afirmou que oshermanos não “estarão sozinhos” no caso de um conflito armado com a Grã-Bretanha.
Eu posso imaginar a tensão da rainha Elizabeth II — ou “Isabel II”, como se diz no resto da América Latina — quando tal ameaça chegou a Buckingham. No número 10 da Downing Street, Gordon Brown convocou aqueles inexperientes marinheiros ingleses e indagou num tom grave: “Por terra, sabemos que Chávez é invencível. Temos alguma chance no mar?” O silêncio pesado do almirantado deu conta da difícil situação em que se encontra aquele “navio que Deus na Mancha ancorou”, para lembrar Castro Alves.
Tenho uma certa relação de carinho intelectual com as Malvinas — ou melhor: com as “Falkland Islands“. A invasão das ilhas pela Argentina em 1982 marca o meu rompimento definitivo com os delírios da esquerda. Já estava bastante afastado, mas ainda um tanto ligado sentimentalmente. Quando veio a “ordem” para dar apoio à invasão do general Galtieri porque, afinal, diziam os iluminados, mais importante era “combater o “imperialismo da Inglaterra”, aí meu estômago não suportou mesmo. Vomitei sete anos de mistificações. E me inscrevi imediatamente na Armada de Elizabeth II…
O casal Kirchner enlouqueceu. A exemplo do que fez a ditadura, resolveu açular o nacionalismo argentino para tentar desviar a atenção da população da grave crise interna por que passa seu governo. E quer arrastar o continente na sua maluquice. Chegou a hora de Lula acordar invocado e ligar para a rainha.
Reinaldo Azevedo