CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse nesta quinta-feira que o mercado de trabalho brasileiro terá, em 2010, o melhor desempenho da história. Hoje, o Ministério revelou uma geração recorde de empregos formais para o mês de janeiro (181.419 empregos), considerando uma série estatística iniciada em 1992.
Ele manteve a previsão acerca da criação de, pelo menos, 2 milhões de empregos formais este ano, e previu ainda que a taxa de desemprego medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não passe dos 7,4%. No ano passado, ficou em 8,1%.
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"O dado de janeiro não me surpreende. Estou prevendo o melhor ano da história, em termos de emprego. E a criação de empregos é um indicativo de como a economia se recuperou", afirmou, no Rio, onde divulgou os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Lupi frisou que a indústria já dá claros sinais de que retomou o caminho do crescimento, citando a geração recorde, ara um mês de janeiro, da indústria de transformação -- 68.920 novos postos.
O fato de o setor produtor de bens duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, ter voltado a admitir, mostra a recuperação do poder de compra do brasileiro. O ministro acrescentou que a forte admissão na indústria de transformação mostra também recuperação nas exportações brasileiras.
Lupi estimou que fevereiro vá superar janeiro em termos de vagas criadas, registrando também o melhor desempenho para o período. Para ele, o Carnaval vai ajudar a impulsionar ainda mais as vagas no setor de serviços.
Minha Casa, Minha Vida
"Vai ser um mês muito bom, principalmente na área de serviços, com o Carnaval. E a indústria em pleno vapor. A construção civil deslanchou de vez, o [programa do governo de construção de casas "populares] "Minha Casa, Minha Vida" começa a ser executado em todo o Brasil", observou.
Nem mesmo a ameaça de alta na taxa de juros diminui o otimismo de Carlos Lupi. Segundo o ministro, se houver algum movimento para cima, será pequeno, sem influenciar o setor produtivo do país. Ele se mostrou contrário à subida da taxa.
"Não acredito que haja subida forte da taxa de juros. Não há risco de bolha inflacionária, o Brasil está produzindo bem, a inflação está sob controle, tem alguns produtos que sobem neste período do ano, caso do material escolar", completou.