Roberto Romano - Parte 1
Primeira parte da participação de Roberto Romano no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão.
30/03/2010Primeira parte da participação de Roberto Romano no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão.
30/03/2010órgão que deveria ser independente lança livro e promove ministra
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) acaba de publicar um luxuoso livro de 140 páginas sobre o seu setor. Uma única personalidade aparece, logo no início, prefaciando o trabalho: Dilma Rousseff, pré-candidata do PT a presidente da República.
Eis a imagem:
Com capa dura, caixa de invólucro (“luva”, como se diz no jargão gráfico), papel especial (“couché”) de alta gramatura, o livro “Estradas d'água: As hidrovias do Brasil” traz fotos de hidrovias, dragagens e portos de todo país –nada que não se possa encontrar na web ou no site da própria Antaq. Foram impressos 10 mil exemplares. De acordo com estimativa feita pelo UOL em gráficas de Brasília, o custo da operação ficaria na faixa de R$ 225 mil –sem contar os gastos de envio da publicação para congressistas, governos estaduais, prefeituras de cidades portuárias, universidades e instituições com alguma relação com transporte aquaviário.
A Antaq não revela o custo oficial do livro. Indagada sobre a idealização do projeto e os valores gastos com organização, impressão, distribuição e evento de lançamento, a Secretaria de Comunicação do órgão disse que “ninguém, nem mesmo o diretor pode explicar sobre o livro”.
Mas a assessoria da Antaq prestou uma informação relevante: a impressão teria sido feita na China para baratear o processo. Ou seja, além de publicar algo de utilidade duvidosa e de fazer propaganda indireta da pré-candidata do PT a presidente, a Antaq também ajudou a promover a indústria gráfica chinesa em detrimento da nacional.
O livro “Estradas d'água: As hidrovias do Brasil” tem 30,5 cm de altura e 23,5 cm de largura. É daquelas publicações que ficam, em geral, dispostas em mesinhas de canto nas salas de recepção dos órgãos públicos em Brasília. Compartilham o espaço com revistas de celebridades. Não está claro o quanto esse livro ajudará na promoção do transporte aquaviário do país.
A Antaq é ligada ao Ministério dos Transportes. O livro corretamente não traz foto promocional do ministro da área. Também não há imagens do diretor-geral da agência, Fernando Fialho, nem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –que aparece apenas de maneira oblíqua, em um quadro, atrás de Dilma Rousseff.
O repórter Edemilson Paraná, do UOL, procurou a Antaq para indagar a razão de Dilma Rousseff ser a única autoridade retratada no livro promocional da agência. Ninguém soube explicar. A publicação contou com patrocínio da Confederação Nacional dos Transportes (representante oficial do lobby das empresas do setor), do Grupo Wilson e Sons e das empresas brasileiras de navegação Aliança, Log-in, Bertolini, e Hermasa e da Transpetro.
No prefácio, após uma digressão sobre a importância e vantagens do transporte aquaviário, a pré-candidata a presidente oficial diz que o PAC “está investindo R$ 1,5 bilhão na construção de duas eclusas no complexo de Tucuruí, na dragagem e no derrocamento das hidrovias Paraná Paraguai, do São Francisco e do Tocantins, além da construção de 39 terminais fluviais na região amazônica”.
Criada em 2001, a Antaq deveria ser uma autarquia especial, com autonomia administrativa e funcional. Em resumo, deveria ser uma agência independente, sem influências políticas do governo de turno, pois é responsável pela regulamentação, controle tarifário, estudo e desenvolvimento do transporte hidroviário no Brasil.
Eis mais imagens do livro da Antaq (todas as fotos deste post são de Sérgio Lima/Folha Imagem):
Nota de esclarecimento ao PSOL
I - Sobre a suposta reunião da Executiva Nacional do PSOL
Circula nos meios partidários a divulgação de uma suposta reunião da Executiva Nacional no dia 31.03. Informamos ao partido que tal reunião é tão somente de uma parte da direção executiva, pois foi convocada à revelia e sem convocação dos membros desta instância e inclusive daquela que preside a referida instância partidária, Heloisa Helena. Por esta razão, tal reunião não se configura como reunião da Executiva Nacional do PSOL, não podendo, portanto, deliberar enquanto tal. Vencida plenamente a segunda etapa da III Conferência Eleitoral, as instâncias competentes do PSOL, de forma legítima e legal, poderão e deverão debruçar-se sobre as eventuais divergências ocor ridas no transorrer do processo nos municípios e nos estados, encaminhando, sempre no mais absoluto respeito às regras partidárias, as soluções que melhor conduzam o PSOL à sua construção.
II - Sobre a comunicação oficial do PSOL
Desde o dia 25 de março a presidência do PSOL, detentora do domínio do endereço www.psol.org.br , assumiu a responsabilidade pela administração do conteúdo deste site. Em nota pública aos filiados, membros da Executiva Nacional assumiram esta ação como absolutamente legítima e necessária, em função de uma fração da direção, responsável pela administração política do site, estar utilizando-o para fazer campanha em favor de um dos pré-candidatos à presidência da República, configurando-se claramente em utilização parcial do site, que deveria funcionar por acordo político entre todas as forças políti cas que compõe o PSOL.
Em 24 horas, colocamos o site no ar novamente, após recebermos do dirigente do Diretório Nacional José Luis Fevereiro uma resposta positiva de que aceitaria mediar a administração dos conteúdos da comunicação oficial do PSOL, desde que esta fosse de comum acordo entre os membros que compõem a Executiva Nacional do PSOL. Infelizmente, e mostrando mais uma vez que não tem interesse na imparcialidade do site, os dirigentes que vinham utilizando-o para fazer propaganda de uma única posição política, não aceitaram a mediação independente. Ao contrário, preferiram iniciar uma campanha difamatória, inclusive acusando-nos de ter retirado do ar o site da liderança do PSOL, uma inverdade facilmente comprovável. Preferiram ai nda colocar outro site no ar, que segue fazendo campanha aberta em favor da organização de uma pré-candidatura à presidência, inclusive divulgando atividades não oficiais do PSOL, sem amparo legal e sem legitimidade política, razão pela qual nossos filiados não podem ter as informações contidas no falso site do PSOL como oficiais.
O site oficial do PSOL está no endereço www.psol.org.br , e as informações lá contidas são as necessárias para orientar e informar os membros do partido sobre as atividades partidárias.
De nossa parte não vamos utilizar o site para propaganda de qualquer pré-candidatura ou divulgação de atividades não oficiais do PSOL. Insistimos ainda na proposta de construirmos uma arbitragem neutra para o site. Acreditamos que o companheiro José Luis Fevereiro, mesmo com esta negativa inicial de uma parte da Executiva Nacional, não se furtará da responsabilidade de assumir esta tarefa com o intuito de colaborar na superação deste quadro de crise.
Aproveitamos para reafirmar nosso inabalável compromisso com o estatuto e programa do PSOL, com as regras de nossa III Conferência Eleitoral e também para reafirmar nosso apelo ao respeito às instâncias de base do PSOL, à vontade da maioria, ao resultado soberano das conferências estaduais, caminho natural para conseguirmos superar os impasses que vivemos em nosso partido.
Heloisa Helena – Presidente Nacional do PSOL
Edilson Silva – Executiva Nacional do PSOL
Elias Vaz - Executiva Nacional do PSOL
Jefferson Moura - Executiva Nacional do PSOL
Mário Agra - Executiva Nacional do PSOL
Pedro Fuentes - Executiva Nacional do PSOL
Roberto Robaina - Executiva Nacional do PSOL
Jornal da Unicamp
Edição 263 - de 23 a 29 de agosto de 2004) :
“...os nazistas se apoderaram da imprensa alemã: compravam um jornal, mantinham a diagramação e introduziam paulatina e cautelosamente novos conteúdos, os almejados pelo partido. E grande parte dos leitores não percebeu a mudança. É o mesmo que se passa com as medidas “disciplinares” do governo brasileiro, em relação à imprensa. As doses são homeopáticas, mas o alvo é ampliar o monopólio do governo no mundo cultural. Quando ocorrem processos dessa natureza, o despertar é amargo”.Roberto Romano
(....)
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Em defesa dos advogados
"Dr. Estranhoamor ou: Como Aprendi Deixar de me Preocupar e a Amar a Bomba" foi a tradução literal que o filme de 1964 de Kubrick recebeu
É bem conhecido o modo de Samuel Pinheiro Strangelove Guimarães atacar o TNP, o qual a contragosto do diplomata foi ratificado pelo Senado em 1998. Mas com a aproximação da importante 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), os ataques de Pinheiro Guimarães vão tornando-se cada vez mais visíveis.
“Potências querem tirar dos desarmados até estilingue, diz brasileiro”
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft3003201006.htm
Não é verdadeiro que os países "extraordinariamente armados" pretendem "desarmar os desarmados totalmente, até o último estilingue".
O que põe em risco a paz internacional é exatamente esse maldito comércio de armas. O que o Strangelove brazuca deixa subentendido para quem sabe ler é que ele quer porque quer que o Brasil esteja livre para a fabricar a bomba. Por isso é tão importante atacar o TNP e levar o Brasil a uma posição de confronto na 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) a ser realizada no mês de maio deste ano na ONU. Em minha opinião, a defesa do programa nuclear iraniano é parte tática na estratégia de melar a Conferência. O TNP surgiu com a aceitação explícita dos países signatários de uma dada realidade herdada da guerra fria (a assimetria dos países que têm a bomba e os que não a têm). Seu objetivo principal até hoje é deter a corrida mundial em direção à bomba. O Dr Strangelove tupiniquim, embora não diga , é favorável a que o Brasil tenha a bomba. Aliás, não só ele. Tem um monte de gente que pensa assim no governo e fora dele.
Acabei de dar uma entrevista à Rádio Renascença a propósito da experiência que está a decorrer no CERN e que de certo modo, ainda que muito limitado, recria condições do Big Bang. É no mínimo estranho que uma rádio de inspiração religiosa não tenha melhores perguntas para fazer do que "para que serve?", "mas é para quê?", "em termos [sic] práticos?", "qual é a utilidade?", "mas em concreto...", "o que é que vão descobrir e quando?"... Bem sei que a rádio não é a Igreja, mas uma preocupação tão grande pela materialidade fez-me recear que a Igreja portuguesa pudesse partilhar esse tipo de preocupações mundanas, numa perigosa (para ela) perda de espiritualidade.
Apeteceu-me dizer que o Large Hadron Collider no CERN servia para descobrir as "belezas celestes". E ler aos microfones o início do livro "Os Cometas", da autoria do Padre Amadeu de Vasconcelos, um grande divulgador científico do início do século passado, publicado há exactamente cem anos na Livraria Chardron de Lello e Irmão do Porto, o que só não fiz porque o tempo de antena é limitado.
Mas vai aqui o texto, com grafia actual ("belezas" em vez de "bellezas"):
"Conta o grande Arago que um dia o piedoso e imortal Euler, encontrando-se com um seu amigo, ministro de uma igreja de Berlim, deste ouvira lastimosos queixumes pela indiferença com que os seus ouvintes acolhiam as suas palavras de pregoeiro do Evangelho. Todo se lastimava o ministro porque não conseguira comover o seu auditório com a descrição das maravilhas da criação. "Acreditareis o que afirmo? - dizia o ministro; representei esta criação no que ela tem de mais maravilhoso: citei os antigos filósofos e a própria Bíblia; metade do auditório não me escutou; a outra metade adormeceu ou abandonou o templo.
A este ministro desconsolado deu Euler o conselho de substituir as descrições dos filósofos e da Bíblia pela descrição do mundo dos astrónomos, do mundo tal qual o revelaram os descobrimentos científicos.
Foi-se o ministro, resolvido a seguir o conselho do grande matemático. Tempos depois, Euler foi visitar o seu amigo que, novamente desanimado, lhe bradou: "Ah! sr. Euler, sou muito infeliz! Esqueceram o respeito devido ao recinto sagrado e aplaudiram-me!"
Na sua simplicidade, a anedota mostra toda a grande beleza da imagem do mundo como a ciência no-la revelou. Essa beleza é tão grande que se impõe mesmo aos homens desprovidos de qualquer cultura científica".
Posted by Carlos Fiolhais at 16:57
MOSCOW — The two powerful explosions that tore through Moscow’s subway on Monday revived a peculiar fear in the Russian capital, one that goes beyond the usual terrorism worries of a metropolis: the female bomber.
On Monday, the Russian authorities said that the bombings had been carried out by two women, and that they were searching for two suspected female accomplices, the Russian news media reported. Few details of the bombers were released.
Earlier this decade, Moscow’s fear of female suicide bombers was so strong it became a lurid obsession. Women, sometimes casually clad in jeans and blending in to the swirl of Moscow, committed at least 16 bombings, including two on board planes.
The attacks came early — as when a widow killed herself and the Russian commander who had killed her husband in one of the first such attacks in the Chechen war — and sometimes in the most unlikely places, like mingling in line at a music festival, which only multiplied the horror. Women joined in some of the most well-known terrorist attacks in recent Russian history, at a theater in Moscow and a school in Beslan, Russia.
The women, who came to be called the Black Widows, were not the first women to die this way. That dubious honor goes to a 16-year-old Palestinian girl, who drove a truck into an Israeli Army convoy in 1985. The former Indian prime minister, Rajiv Gandhi, was killed in 1991 by a member of the Birds of Paradise, a female group associated with the Tamil Tigers of Sri Lanka.
Suicide bombing was a tactic that came late to Chechnya and was nearly unknown during the first war from 1994 to 1996. But once it arrived, in 2000, in an attack that killed 27 Russian special forces soldiers, it quickly became associated with women.
The tactic expanded in subsequent years. Women adorned in billowy black robes and strapped with explosives made up 19 of the 41 captors in the October 2002 hostage taking in the Moscow theater, which ended when Russian special services released a sleep-inducing gas into the building.
When soldiers entered the auditorium they reportedly, as a first precaution, shot dead the Black Widows where they lay, lest they wake up and explode.
In 2004, female suicide bombers detonated bombs on domestic flights; one bomber identified by the Russian authorities was in her early 40s, and two others were sisters in their 20s.
While there is no single reason that women decide to give up their lives, experts said they have usually suffered a traumatic event that makes them burn with revenge or question whether they want to live. In the case of the attacks in Russia, this could be the death of a child, husband or other family member at the hands of Russian forces, or a rape. Russian authorities have said the women are sometimes drugged.
In 2003, the Russian police captured a 22-year-old Chechen woman, Zarema M. Muzhakhoyeva, after she left a handbag bomb in a Moscow cafe. She was not a religious fanatic, her lawyer, Natalya V. Yevlapova, said in a telephone interview, but she had become emotionally distressed after her husband was murdered in what appeared to be a business dispute.
“These girls are just pushed into a corner,” Ms. Yevlapova said.
A rare window on the world of female suicide bombing appeared when Russian police captured Ms. Muzhakhoyeva. She later said she intentionally bungled the attack because she had lost the will to die.
A Federal Security Service bomb squad member died defusing her explosive-laden bag.
She was sentenced to 20 years in prison.
In recent weeks, the Russian military conducted a series of raids that killed a prominent and charismatic recruiter for the rebels, a man who went by the name Said Buryatsky, along with dozens of other fighters. That had prompted a warning from a prominent rebel leader, who may or may not have made good his threat on Monday.