A massa que elege salafrários, ladrões do dinheiro publico e, portanto, assassinos (recorde-se que bilhões são desviados das políticas públicas de saúde, segurança, educação, controle do trânsito, da coleta do lixo, das obras super-faturadas, etc, aumentando a mortandade em escala geométrica), a massa, digo, que assiste com enlevo programas pornográficos e idiotizantes, a massa ignara que adora o fedor dos cadáveres e "se emociona" com a morte de inocentes e acusa sem pensar supostos culpados (remenber a Escola de Base, entre muitos outros casos), a massa que só conhece o linchamento e é covarde ao ponto de conviver com narco-traficantes "beneméritos da comunidade", a massa que silencia a morte de dissidentes políticos em Cuba, a massa canalha, não permite a existência do advogado.
Boa parte da midia brasileira é fascista, o que se manifesta em especial em casos como o em foco. Daí seu apoio a todos os fascistas, vermelhos ou negros, verdes ou marrons, de qualquer governo. Estado que não permite defesa é totalitário, corrupto, bandido. Mesmo os que, com provas cabais, são acusados, merecem defesa. Só a massa idiota pode imaginar que um dos seus integrantes, ou ela inteira, será indene de qualquer acusação, justa ou injusta. É a massa que age como matilha ensandecida, incentivada por canalhas que lucram com o espetáculo, é a massa que não aceita nem entende os preceitos fundamentais do Estado de direito. Ela quer sangue. Recordo quando ocorreu o incêndio do edificio Andraus. Eu tinha naquele prédio familiares que alí trabalhavam. E iria encontrá-los no local. Quando cheguei à Praça da República, fui impedido de continuar a marcha, pela polícia. Fiquei alí, tenso (na época, não existia celular) por nada saber dos meus. De repente, ouço uma voz surda e infernal que repetia: "pula, pula, pula!!!". E risos diabólicos. Os corpos tombavam, para horror dos seres humanos, minoria entre aquela reunião de hienas. Graças a Deus, os parentes escaparam no último instante. Mas vomitei na hora, de pavor e nojo de ser brasileiro, e integrante do nosso suposto genero, onde supostamente existiriam sentimentos e razão. Desde aquela época, desconfio e fujo de massas. Elas serão as responsáveis, com os sofistas do marketing político (como na Alemanha de Hitler, na URSS de Stalin, etc) pela tirania que se esboça no horizonte pátrio.
O nojo e o desgosto aumentam ao ler notícias como a reproduzida abaixo. As feras que, por incitação irracional, agridem um advogado de defesa, aplaudem, elegem bandidos. E lhes pedem favores.
Enfim, hoje não é um bom dia para os seres humanos. É dia de estraçalhamento dos direitos, em favor da vulgaridade canalha.
Spinoza, diante de fatos assim, escreveu um cartaz e saiu pelas ruas da Holanda, desafiando os bichos da massa e os chamando de "ultimi barbarorum".
É o Brasil.
Roberto Romano
24/03/2010 - 14h53
Advogado do casal Nardoni é agredido por manifestante
Do UOL Notícias*
O advogado de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, foi agredido na tarde desta quarta-feira (24) em frente ao Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, após voltar do almoço durante intervalo no terceiro dia do julgamento do caso Isabella Nardoni.
Podval, acompanhado de sua equipe, começou a ser vaiado na entrada principal do fórum. Manifestantes chamaram o advogado de “assassino”. Neste momento, durante um princípio de tumulto, um dos manifestantes deu um soco no estômago do advogado e fugiu. O homem, não identificado, também chamou o advogado de “psicopata, monstro e demônio”, afirmando que ele estava “defendendo um monstro”.
Questionado pela reportagem do UOL Notícias sobre o motivo da ação, o manifestante apenas afirmou que não havia “agredido ninguém” e deixou o local correndo.
O advogado continuou a caminhar em direção ao fórum, dessa vez escoltado por policiais que reforçam a segurança do julgamento. Ninguém foi preso.
O julgamento do casal Nardoni foi retomado às 14h42 desta quarta-feira depois de uma pauta para o almoço.
Agora Podval deve retomar o depoimento da perita Rosângela Monteiro, do IC (Instituto de Criminalística), questionando-a sobre as conclusões de exames de DNA realizados durante as investigações da morte da menina Isabella, que caiu da janela do 6º andar do edifício London em março de 2008. Podval defende Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, que enfrentam o terceiro dia de júri popular pelo homicídio.
O depoimento da perita é o último das testemunhas de acusação do caso e teve início às 10h25. Às perguntas do promotor Francisco Cembranelli, ela afirmou que marcas encontradas na camiseta que Alexandre usava no dia do crime são totalmente compatíveis com as do assassino que jogou Isabella pela janela. Disse também que sangue de Isabella foi encontrado em diversos pontos do apartamento. O testemunho foi interrompido para o almoço e deve ser retomado nesta tarde com as perguntas da defesa.