terça-feira, 16 de março de 2010

De Paulo Araújo, como sempre, informações essenciais sobre o mundo.

O presidente do Brasil recusou-se a depositar flores no túmulo de Herzl.

Os israelenses diplomaticamente alegaram que e a recusa é explicada pela falta de informação sobre quem foi Theodor Herzl. Que Lula é um ignorante e não raro envergonha os brasileiros com suas declarações descabidas e comportamentos reprováveis quando fora do Brasil, todos sabemos. Se confrontado com a história, sempre poderá dizer “eu não sabia” e que os aloprados do Itamaraty não lhe avisaram sobre a gafe. Sei.

Decerto Lula também nada sabe sobre o personagem histórico que jaz sob o mausoléu em Ramala, e no qual o presidente do Brasil vai depositar flores. Arafat foi seguramente o mais ambicioso, ilustre e graduado “filho político” do Mufit de Jerusalém, o fundador do moderno nacionalismo árabe palestino, cuja origem remonta à revolta árabe de 1936-39, na qual foram assassinados civis judeus e liquidada a oposição árabe palestina aos partidários do Mufti.

Durante a segunda guerra mundial, o Mufit de Jerusalém Haj Amin Al-Husseini pretendia dar aos judeus da Palestina o mesmo destino que os alemães deram aos da Europa. Os comprovados vínculos nazistas do nacionalismo palestino e da jihad islâmica colocam em suspeição as assertivas atuais que recusam as responsabilidades do nacionalismo árabe e do fanatismo islâmico no holocausto. Prova irrefutável pode ser examinada neste documentário com imagens registradas por cinegrafistas a serviço do Führer.

http://www.youtube.com/watch?v=d51poygEXYU

Em 1941, o Mufit de Jerusalém Haj Amin Al-Husseini voou para a Alemanha e reuniu-se com Hitler, Heinrich Himmler, Joachim Von Ribbentrop e outros líderes nazistas. Em 1945, a Iugoslávia procurou indiciar o Mufti Al-Husseini como criminoso de guerra por sua participação no assassinato de judeus na Croácia e na Hungria. Haj Amin "escapou" da prisão francesa em 1946 e prosseguiu sua luta contra os judeus do Cairo e, mais tarde, de Beirute. O Mufti morreu em 1974.

Até onde sei, Arafat viveu a maior parte da sua infância no Cairo, com a exceção de poucos anos de infância que passou em Jerusalém. Frequentou a Universidade do Cairo no início dos anos 1950 e nesse tempo de estudante aderiu à Irmandade Muçulmana. É também nessa época que se dá a sua aproximação e intimidade política com o Mufti de Jerusalém Haj Amin Al-Husseini. Em 1969 Arafat foi nomeado líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Quem foi Theodor Herzl, o amigo de Zola? Quantos leitores deste blog e de tantos outros conhecem as razões do ceticismo de Herzl e que o levaram a defender a criação do Estado de Israel? “Se a geração atual ainda é muito estreita de visão, outra virá, melhor e superior. Os judeus que quiserem, terão seu estado e farão por merecê-lo".” (Herzl, T. O Estado judeu. 1895)


Diário de Herzl, tem duas mil páginas publicadas em cinco volumes. O Congresso Sionista Mundial foi marcado para agosto de 1897, na cidade da Basileia. Após o Congresso, em 29/08, Herzl escreveu em seu Diário: "na Basileia eu fundei o Estado Judeu. Se eu disser isto em voz alta, hoje, terei como resposta o riso universal. Mas, talvez em cinco anos, e certamente em cinquenta anos, todo o mundo o admitirá". E sua profecia se concretizou de forma precisa: em 1947, cinquenta anos depois do primeiro Congresso Sionista Mundial, a Assembleia Geral das Nações Unidas [presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha] aprovou a partilha da Palestina, o virtual nascimento de um estado judeu."

HOMENS NA HISTÓRIA Theodor Herzl, cem anos do sonho à realidade

por Zevi Ghivelder

http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=454&p=0

http://www.blogdoalon.com.br/2010/03/lula-e-o-protocolo-1603.html