A notícia é de 17 de março. Mais um exemplo sobre o quanto é atual e sempre útil relembrar a fábula hegeliana da velhinha vendedora de ovos.
O PT deu as razões do seu repúdio à moção de apoio aos presos cubanos:
"Discursando em nome da liderança petista, o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) atacou o autor do requerimento, Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Referindo-se ao passado de Bolsonaro, militar da reserva do Exército, conhecido pelo apoio à ditadura, Valverde disse:
“Causa-nos estranheza que, quem protocolou essa moção, no passado defendeu a
ditadura. Pela incoerência, somos contrários”. (Valverde-PT/RO)
Claro que o pretendente do PMDB a desfilar com Dilma acatou as objeções de Valeverde e, (se ainda é possível, pasme) suspendeu a votação adiando-a para o dia 23 de março em nome do supremo "dever [de] manter unidade no plenário". Obs.: Somente o PT foi contra votar a moção.
No blog do Josias a notícia na íntegra com outras pérolas do deputado Valverde e demais companheiros contrários à moção.
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2010-03-01_2010-03-31.html#2010_03-17_22_11_27-10045644-0
Lembrei também daquela citação do Trotsky por Lefort:
Qualquer militante pensa como Trotsky: “Ninguém dentre nós (...) pretende ou pode ter razão contra seu partido. Definitivamente, o partido tem sempre razão (...) Não se pode ter razão a não ser com e para o partido, porque a história não tem outras vias para realizar sua razão”. (Discurso no 13o Congresso do Partido Comunista da URSS, citado por Claude Lefort, “Un homme en trop”).