quinta-feira, 30 de setembro de 2010

It´s about nothing.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Freedom no longer frees you...


Às vezes acho que o Brasil não existe, devido o surrealismo que aqui impera, creio que não passamos de uma mera projeção mental de uma mente distorcida. Não sou um iludido que espera um rompante de lucidez e moral por parte da população, mas a apatia que toma conta de todas as instituições e das pessoas diante dos desfiles de autoritarismo mostrados pelo PT é aterrador, mesmo para os padrões nacionais. Considero o ser humano uma das piores formas vivas do universo, e dentre eles o ser que vive neste país, o pior.
Não é de hoje que noto uma arrogância e prepotência monstruosas dentre excelentíssimos juízes, desembargadores, procuradores, ministros então nem se fale, advogados, enfim até mesmo recém ingressos nas faculdades de direito possuem esta prematura sensação que a divindade lhes cabe. Existem raras exceções, cada vez mais raras.
Os tais ministros do STF são apadrinhados políticos, não precisa ir muito longe, basta ler a reportagem da revista Veja desta semana onde a própria corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirma o óbvio que juízes trocam favores com políticos e para ascenderem a postos elevados precisam do apadrinhamento, como ela mesma reconheceu que chegou ao cargo graças a padrinhos políticos. Não é a afirmação da corregedora que me espanta, é notícia mais do que velha, mas o descaramento e a hipocrisia de atacar quem tem isto ao mesmo tempo em que se vale do mesmo sistema viciado.
No Brasil não há a meritocracia, isto não existe (nunca existiu). O sistema adotado em toda a sociedade brasileira é o paternalismo puro e simples. São raros os que conseguem algo em suas carreiras apenas por próprio mérito, mesmo assim pagam um preço caro por não comungarem nas igrejinhas que vão desde estagnação na carreira a perseguições de todas as sortes, culminando em demissões e linchamento da honra pelas hordas. Não me refiro apenas às esferas públicas, na esfera privada é assim também, chefes incompetentes perseguem aqueles que não lhes prestam reverência e protegem seus bajuladores ou como se diz em inglês ‘ass kissers’.
Mas este é um mal que vive na raiz de nossa sociedade, desde os primórdios, juntamente com a ‘ultra vires’ que não assola apenas aqueles que posam de donos das leis e de todos os saberes, mas em qualquer lugar há este comportamento de excessos, desde o guarda de trânsito, o policial, enfim.
Este último ato do STF mostra o que sinto faz tempo e discuto com algumas pessoas de meu círculo que temem que entremos em uma era no melhor estilo bolivariano chavista, sempre digo que já estamos vivendo isto, o próximo passo é uma cubanização, ou melhor, a concretização da cubanização que está em curso.
Truth is an offence


O candidato a senador pelo PC do B se saiu com a típica retórica vagabunda ao ser questionado pelo fato de sua ONG falida e uma empresa fantasma em seu nome deverem milhões à União. Disse que a elite branca tem um desconforto racial com sua candidatura.
Se esconder atrás de um grupo é uma covardia. Não importa a causa ou bandeira, sempre uqe alguém se define com uma característica coletiva ou como defensor de A ou B sei que estou diante de uma pessoa fraca, hipócrita, oportunista e com vários complexos. Netinho transporta o seu racismo para outros, a tal empresa fantasma do sujeito começou como uma produtora, cujo mote e ideário era produzir o primeiro canal de TV de negros no Brasil. Em sua produtora apenas negros eram contratados e isto é uma pré-requisito explícito. Em seu pretenso canal, também apenas iriam aparecer negros. Na campanha diz que é para votar no “Negão”, experimente um branco se dirigir assim a este cidadão para ver sua reação. O que Netinho fez e faz é racismo se qualquer empresa abertamente colocar como pré-requisito a contratação apenas de pessoas brancas o escândalo será nacional e a empresa será acusada de racismo, o que é de fato, mas Netinho não teve problemas com isto, pois racismo no Brasil só existe contra negros. Pensar em insinuar que o inverso ocorre é sacrilégio.
Hoje há cotas em empresas, com programas de incentivo de impostos do governo para se contratar uma determinada cota de negros, mas vá dizer para alguém isto é racismo, jamais! Na nova língua chama-se políticas afirmativas. Pelo que sei, determinar em uma seleção a raça, qualquer que ela seja, como característica principal é racismo.
Netinho como todos os que fazem meio de vida se escorar em uma raça, gênero, condição usa isto muito bem. Quando lhe convém ele é o ‘negão’, mas quando é posto na parede por sua falta de caráter (que não escolhe raça, gênero, idade, classe social e etc) é por conta de uma elite branca que o ‘odeia’.
Este discurso já foi ouvido mil vezes, em profusão, em especial no Brasil. Aqui se é perseguido por ser: ex-metalurgico, mulher, evangélico e etc. Todos estes discursos, curiosamente saem das bocas de petistas e ex-petistas (se é que isto existe).
O argumento é tão válido quando dizer que é perseguido por ter pé chato, gostar de tomar coca-cola quente, colecionar selos, ser enólogo e etc. Não estou tentando reduzir o argumento destes bandos ao ‘reductio ad ridiculum’, pois estes argumentos são ridículos mesmo.
Meu respeito por estas minorias vitimadas e perseguidas pela sociedade é zero. Hoje todas as leis e incentivos são para um tipo de minoria. Tanto que o 'clássico opressor' (o que sobra desta equação) é a minoria de fato.

Diário do Comércio.

Quinta-Feira, 30 de Setembro de 2010

Política

A propaganda política manipula as massas, com imagens e paixões.


O mundo vive uma época de crise do Estado. É nesse cenário que as crises avançam e aumenta o uso da propaganda política para a manipulação de massas. Aqui, o professor Roberto Romano analisa esse quadro.
Décio Viotto/AE - 19/9/2010 - 20h13



Patricia Cruz/Luz

SÃO PAULO - O mundo inteiro vive, atualmente, uma época de crise do Estado. E, nesse cenário, em vez de se constatar o avanço da democracia segundo um ideário liberal, o que se observa cada vez mais é o avanço das crises e o uso da propaganda política para a manipulação das massas. A análise é do professor de Ética e Política da Universidade de Campinas Roberto Romano, com base na obra de um autor clássico nesse assunto, o russo Serge Tchakhotine, que se exilou na França após a vitória do nazismo na Alemanha, onde vivia na década de 1930.Ao longo das páginas do livro Le Viol des Foules par la Propagande Politique (O Estupro das Massas pela Propaganda Política, numa tradução literal), publicado em 1939 na França, Tchakhotine repete a seguinte constatação: "No máximo apenas 10% das pessoas são capazes de resistir à técnica da propaganda, enquanto os 90% restantes sucumbem ao estupro psíquico". Essa é uma situação considerada gravíssima, "ainda mais em nossos dias ou, talvez, sobretudo na hora presente", afirma Romano.


Tecnologia antiga

As eleições de 2010 no Brasil – centradas na disputa entre a candidata da coligação "Para o Brasil continuar mudando", Dilma Rousseff (PT), e no candidato da coligação "O Brasil Pode Mais", José Serra (PSDB) – se enquadram na descrição de Tchakhotine, como afirma o professor Romano: "O mecanismo de propaganda política tem uma tecnologia solidificada no Brasil, desde Getúlio Vargas. E, nos períodos ditatoriais, a manipulação das massas foi uma constante, sem que nós pudéssemos ter muitas defesas contra ela". "A propaganda eleitoral gratuita" – explica Romano – "surgiu no rádio e na televisão para igualar as oportunidades entre os partidos, mas muito rapidamente virou uma espécie de privilégio dos partidos que têm mais recursos, que recebem mais financiamentos."


Massas virtuais


Além desse recurso, outro fenômeno surgiu e vem se impondo recentemente. Com a televisão e, nos últimos anos, com a internet, diminuem as massas físicas e aumentam as massas virtuais, afirma Romano. "Um comício com 30 pessoas pode ser transformado, na televisão, em uma plateia de um milhão de espectadores. Com a internet, eleva-se ainda mais a complexidade, pois é mais difícil controlar o processo político". Diante desse quadro, o professor de Ética e Política diz que não se surpreenderia se, dentro de 30 anos, não houver mais realidade física em política. É preciso estar alerta, avisa o professor, se não por tudo isso, "pelo menos por respeito à população, ou aos 10% que não aceitam ser tangidos como rebanho pela propaganda, sobretudo quando ela usa truques afetivos". Muita coisa mudou na história e na teoria desde 1939, mas Romano aconselha a leitura dessa obra. Em primeiro lugar, por ser uma das poucas que ostentam lucidez diante do discurso totalitário. E, depois, pelas mais variadas formas autoritárias que estão florescendo com a internet e com a realização de movimentos de massa na Europa, nos Estados Unidos e mesmo no Brasil.


Violência psíquica

Embora não seja um manual, O Estupro das Massas aponta os métodos utilizados por ditadores para sustentar sua influência popular, usando a violência psíquica para deturpar a consciência das pessoas. Romano esclarece que, "desde a primeira página", o livro mostra quem deve ser criticado quando ditaduras sanguinárias assumem o poder. No caso da Alemanha nazista e da Itália fascista, de acordo com o professor de Ética e Política, a imensa culpa coube à esquerda francesa, aos dirigentes ingleses e a todos os que alegaram "razões de Estado" para não agir, justamente quando era preciso lutar contra a tirania escancarada.

As 600 páginas de O Estupro das Massas pela Propaganda Política demonstram, na opinião de Romano, "as bases, as técnicas, os alvos e os meios empregados no marketing comercial e político". Foi o primeiro estudo sistemático do uso da propaganda política pelos governantes, embora essa tenha sido, ao longo da história, uma ferramenta usada para difundir ideias e impor transformações e para que os líderes não só mantivessem, mas ampliassem, sua dominação sobre países e povos em diferentes situações – principalmente em regimes ditatoriais. É nessa condição que a propaganda política atua para legitimar o governo e suas ações.


Sem controle

Mas, adverte o professor Romano, ao serem exacerbados, os estímulos criam, em cada indivíduo, uma máquina do ódio, e transformam a massa em fera. "Foi o que os nazistas fizeram ao elevar o sentimento de combatividade e diminuir o da comiseração."

O limite ético da propaganda se situa no momento em que ela deixa de ser uma simples persuasão."É da natureza humana persuadir. Seja no comércio, na política, na relação entre homens e mulheres, enfim, como forma de se fazer aceitar", diz Romano. A questão é quando se perde o controle, quando não se tem escrúpulos, quando se chega ao máximo – "que é exatamente o que Tchakhotine chama de estupro." O professor Romano afirma que "as chances de conquista aumentam muito quando se usam estímulos que oferecem satisfação imediata". Mas não é só isso. "A Igreja Católica, por exemplo, foi a primeira a perceber que a persuasão passa pelos cinco sentidos. O fiel come a hóstia, sente o cheiro do incenso, vê os santos, escuta a música, sente a mão do padre e as mãos dos demais fiéis, mas a Igreja tem limites."


Uso prático

Segundo Romano, o autor russo levou a sério a importância dos símbolos na guerra política e encontrou meios de neutralizar a suástica. "Ele percebeu que as massas são movidas por imagens e paixões. E em todos os lugares em que seus métodos foram empregados, tornaram-se vitoriosos os candidatos hostis a Goebbels" (Joseph Paul Goebbels, ministro do Povo e da Propaganda de Hitler – 1897/1945).

No Brasil, o livro recebeu o título de A Mistificação das Massas pela Propaganda Política e foi traduzido pelo político pernambucano Miguel Arraes. A única edição saiu em 1967, pela editora Civilização Brasileira. Coincidência ou não, das nove eleições que disputou, Arraes só perdeu uma, em 1998, para governador de Pernam

buco.
Baseado nos trabalhos de Pavlov (Ivan Pavlov, 1849-1936) e usando recursos da psicanálise, da antropologia social, de pesquisas empíricas sobre marketing e outros instrumentos analíticos – como o emprego da cibernética, a partir dos estudos de Norbert Wiener (1894-1964) –, Tchakhotine desenvolveu intensa prática eleitoral.


Sem comentários. É preciso. Tenho certeza de que os homens da CGU "are they all, all honorable men ".

CGU blinda Erenice Guerra às vésperas da eleição

Órgão anunciou fim de auditorias em contratos citados em escândalo que derrubou ex-ministra

30 de setembro de 2010 | 13h 44
Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A três dias das eleições, a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou a conclusão de auditorias em contratos mencionados no escândalo que derrubou Erenice Guerra da chefia da Casa Civil. O resultado da CGU blinda Erenice, não aprofunda o tráfico de influência de seus parentes, e não aponta qualquer indício de ligação dela com os episódios investigados. No máximo, admite que ela já foi sócia de um escritório contratado pelo governo.

Veja também:

As auditorias da CGU começaram no dia 14 de setembro a pedido do presidente Lula em meio ao movimento para dar respostas políticas durante o escândalo que levou à queda do braço-direito da ex-ministra e presidenciável Dilma Rousseff (PT). Em apenas duas semanas e às vésperas da eleição, o órgão do governo apresentou seus principais resultados, favoráveis para Erenice.

Para a CGU, o episódio que culminou com a queda da ex-ministra não teve qualquer irregularidade contratual. O empresário Rubnei Quicoli acusa integrantes da Casa Civil de tentarem intermediar o pedido de financiamento - para um projeto de usina solar - feito pela empresa ERDB ao BNDES. A CGU não aborda isso e explica: "A CGU concluiu que o pleito de financiamento teve o tratamento técnico previsto nas normas internas do BNDES e que o mesmo não foi aprovado por não atender aos requisitos exigidos pelos normativos internos daquela instituição financeira".

Segundo a controladoria, não houve também qualquer irregularidade na compra do remédio Tamiflu, no ano passado. De acordo com a revista Veja, Vinicius Castro, ex-assessor da Casa Civil, recebeu R$ 200 mil de propina pela compra do medicamento. A CGU também afirma que não houve falhas nas multas aplicadas à Matra Mineração, empresa ligada ao marido de Erenice.

A CGU investigou ainda a contratação - revelada pelo Estado - do escritório Trajano e Silva Associados pela Empresa de Pesquisa Energética, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Uma irmã de Erenice, Maria Euriza, era funcionária do órgão e autorizou, em agosto de 2009, a contratação, sem licitação, do escritório, cujo um dos sócios era um irmão delas, Antônio Alves Carvalho. A CGU afirma que ele entrou oficialmente na sociedade só em novembro. Só que o advogado Márcio Silva, um dos sócios do escritório, informara por escrito ao Estado que o irmão de Erenice era sócio desde fevereiro do ano passado. Márcio Silva, aliás, é o advogado de campanha de Dilma.

A CGU revela que a própria Erenice já foi do quadro societário dessa banca. a auditoria admite falhas no processo de contratação sem licitação, mas minimiza o episódio, fazendo apenas recomendações. "A CGU está recomendando à EPE maior cuidado e precisão no enquadramento das hipóteses de inexigibilidade de licitações e recomendando que a empresa fundamente suas futuras contratações com base em amplas pesquisas de preço". Segundo a CGU, todos os relatórios serão enviados à Polícia Federal.

A auditoria da CGU aponta problemas num contrato entre o Ministério das Cidades e a Fundação da Universidade de Brasília (FUB), que teria o envolvimento de José Euricélio Alves de Carvalho, irmão de Erenice. Diz que há irregularidades de R$ 2,1 milhões pelo pagamento de um produto que não atendeu à demanda do ministério. A CGU, porém, não diz que o irmão de Erenice seria o culpado direto por isso. Faz somente uma ressalva: "O que se tem até o momento é constatação de que ele foi assessor na Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, e contratado pela Editora UnB, em períodos próximos e seguidos, na época dos fatos", diz.

Não, Excelência. Hoje assistimos, mais uma vez, a abolição da justiça eleitoral.

30/09/2010 - 16h43

Supremo decide que eleitor só precisará de documento com foto para votar

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
  • Plenário do Supremo Tribunal Federal

    Plenário do Supremo Tribunal Federal

Por oito votos a dois, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram nesta quinta-feira (30) que o eleitor precisará de um documento com foto na hora da votação. O plenário julgou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PT, que pedia que a Corte derrubasse a exigência de apresentação de dois documentos para votar -o título de eleitor e outro, com foto.

O PT argumentava que a ausência do título acabaria “por cassar o exercício da cidadania do eleitor”. A ação é resultado da preocupação da sigla na candidatura de Dilma Rousseff e da possibilidade de um grande número de abstenção na camada de baixa renda, que vota na petista, principalmente no eleitorado das regiões Norte e Nordeste.

O que ficou decidido

Para votar: É obrigatório documento de identificação
com foto

- Só o título de eleitor não será aceito

Em seu voto, a ministra-relatora do caso, Ellen Gracie, ponderou que a dupla documentação era “desnecessária”. “Entendo que não é cabível que coloque como impedimento ao voto do eleitor (...) [Assim] a ausência do título de eleitor não impediria o exercício do voto”, disse.

O voto foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, para conceder a liminar nesse sentido.

Antes da conclusão da decisão, a ministra frisou que, com a decisão, o documento “não se torna inútil”, apenas dispensável. “Quem trouxer o título, será atendido com mais celeridade (...) Segue-se exigindo ambos os documentos, mas a ausência do título não impede o direito de votar.”


Os votos contrários foram do ministro Gilmar Mendes e do presidente do STF, Cezar Peluso. Mendes pediu vista nesta quarta-feira (29), adiando a decisão sobre o tema para hoje.

A argumentação contrária de Mendes é que “uma liminar a três dias da eleição” seria um fator de “desestabilização do processo eleitoral”.

Já Peluzo, contrariado por fazer parte da minoria, disse: “acabou de ser decretada, a partir de hoje, a abolição do título eleitoral”.

Vale lembrar
O prazo para solicitar a segunda via do título de eleitor terminou nesta quinta-feira..

Para as eleições deste ano, 135.804.433 brasileiros estão aptos a votar para presidente, governador, senador, deputado estadual, federal e distrital, segundo o TSE.

As instituições são sólidas...dizem os chaleiras.

30/09/2010 - 12h53

CGU conclui auditoria de contratos ligados a Erenice e aponta irregularidades de R$ 2 mi

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FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A CGU (Controladoria-Geral da União) finalizou nesta quinta-feira quatro das nove auditorias sobre os contratos citados nos casos de tráfico de influência que envolveram familiares da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Segundo a auditoria do governo, a atuação do irmão de Erenice na Universidade de Brasília tem indícios de irregularidade em contratos de R$ 2 milhões. Conforme a Folha mostrou, José Euricélio era coordenador-executivo de projetos na editora da UnB que, segundo o próprio governo e a UnB, não houve comprovação de que o serviço foi feito.

Entenda as acusações envolvendo Erenice Guerra
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A análise dos contratos que passaram por José Euricélio, contudo, ainda não foi concluída. "A auditoria da CGU, embora ainda não esteja concluída, encontrou indícios de irregularidades relacionadas, sobretudo, à escolha da instituição para a realização dos serviços e ao pagamento de R$ 2,1 milhões por produto que aparentemente não atendeu à demanda estabelecida pelo Ministério das Cidades".

A auditoria diz ainda que Euricélio trabalhava, "em períodos próximos e seguidos", tanto no Ministério das Cidades e na editora da UnB. O ministério teve 15 dias para apresentar justificativas antes de a CGU concluir a análise.

Outro ponto analisado pela CGU foi relacionado aos pedidos de financiamento da empresa de energia solar EDRB junto ao BNDES. Como a Folha mostrou, o representante da EDRB, Rubnei Quícoli, afirma que o negócio não foi viabilizado porque não pagou a "taxa de sucesso" nem R$ 5 milhões, que disse ter sido cobrado pelo ex-diretor dos Correios Marco Antonio de Oliveira, para quitar supostas dívidas de campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT).

Segundo a CGU, o financiamento do BNDES foi rejeitado por questões técnicas. "Após analisar a documentação disponibilizada, a CGU concluiu que o pleito de financiamento teve o tratamento técnico previsto nas normas internas do BNDES e que o mesmo não foi aprovado por não atender aos requisitos exigidos pelos normativos internos", diz o texto.

O governo federal analisou ainda o processo de compra do remédio Tamiflu, usado para combater a gripe suína. Segundo a revista "Veja", o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, recebeu R$ 200 mil de propina no caso.

"Sem possibilidade de disputa entre fornecedores, com preços previamente estabelecidos e internacionalmente divulgados pelo único laboratório fabricante, não se vislumbrou qualquer oportunidade para a alegada cobrança de propina", diz a CGU.

Segundo a CGU, também não foram encontradas irregularidades na contratação de escritório de advocacia ligado ao irmão de Erenice e na aplicação de multas de uma empresa de mineração do marido da ex-ministra.


Editoria de Arte/Folhapress

As instituições democráticas estão sólidas, na America do Sul, dizem os chaleiras do govenro brasileiro. Dizem os chaleiras....

30/09/2010 - 13h14 / Atualizada 30/09/2010 - 14h09

Militares tomam aeroporto de Quito e fecham estradas; Rafael Correa ameaça dissolver Congresso

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

Um grupo de militares tomou nesta quinta-feira (30) o aeroporto internacional de Quito, no Equador, para protestar contra uma lei do governo que limitou os benefícios a militares e policiais, e por isso foram suspensas as operações aéreas, informou um porta-voz do terminal. Não há informações precisas sobre o número de militares no aeroporto. Segundo a imprensa local e agências internacionais, o número varia entre 100 e 150 pessoas.

Assista ao discurso de Rafael Correa
aos militares equatorianos


Aproximadamente 800 pessoas se reúnem na frente do palácio do governo. Em outra parte da cidade, policiais fardados queimaram pneus. Chefes da polícia bloquearam o acesso para Guayaquil, cidade que fica no litoral do país. Estradas que levam à capital Quito também foram bloqueadas.

De acordo com a imprensa equatoriana, Rafael Correa se dirigiu hoje ao Quartel de Quito, onde centenas de militares protestam, e discursou: “Senhores, se querem matar o presidente, aqui estou. Matem-me se é da vontade de vocês. Matem-me se têm coragem, em vez de estar no meio da multidão, covardemente escondidos”, disse o presidente, na janela.

“Se querem tomar os quartéis, se querem deixar a sociedade indefesa, se querem trair sua missão de policiais, seu juramento, traiam, mas este presidente e este governo seguirão fazendo que tem que fazer”, afirmou.

O presidente disse aos militares que poderia esperar essa atitude de qualquer outra instituição, mas não da Polícia. Segundo ele, nenhum outro governo fez tanto pela corporação. "Se querem destruir a pátria, destruam-na, mas este presidente não dará um passo atrás. Viva a pátria”, encerrando a sua intervenção", de acordo com os jornais locais.

Em seguida, os manifestantes começaram a gritar e ameaçar Rafael Correa, que teve que se refugiar dentro do quartel.

Apesar dos distúrbios, o chefe das Forças Armadas, Ernesto González, afirmou que as tropas estão subordinadas à autoridade do presidente equatoriano. Outras autoridades disseram à rede TeleSur que as cúpulas militares e da polícia apoiam o governo.

Com a nova lei, os policiais perdem parte dos benefícios salariais, e os anos para subida na carreira passam de quatro para sete. O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, disse à TeleSur, que o corte de salários e benefícios dos militares foi decidido para equipar os salários dos servidores públicos.

“Estamos colocando em ordem os salários, para acabar com a diferença que existe entre alguns salários e outros, e o que estamos fazendo é equilibrar isso" disse.

Já o Ministro das Relações Trabalhistas, Richard Espinosa, disse em entrevista à televisão local ECTV que policiais estão “desinformados” sobre a nova lei.

Dissolução do Congresso

O presidente do Equador, Rafael Correa, considera a possibilidade de dissolver o Congresso e convocar eleições gerais antecipadas depois que sua bancada legislativa rejeitou parcialmente o projeto de lei que corta os benefícios dos militares, anunciou a ministra para a Política, Doris Solís.

Após uma reunião com Correa, a ministra destacou que o presidente analisa aplicar a "morte cruzada", um mecanismo constitucional que determinaria a dissolução da Assembleia e a convocação de eleições gerais em alguns casos específicos: obstrução pelos congressistas do plano de desenvolvimento, grave crise política ou comoção interna.

"A 'morte cruzada' é uma das possibilidades. Nós estamos em um projeto de mudança, precisamos construir leis de consenso", disse a ministra à imprensa após o encontro no Palácio de Carondelet (sede do governo).

"A 'morte cruzada' é o cenário que ninguém deseja, mas é uma possibilidade quando não há condições para seguir em um processo de mudança", completou Solís.

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