O perigo da xenofobia, do racismo e do antissemitismo é o mesmo: os árabes que assumem doutrinas nazistas e antissemitas não percebem (ou se percebem levam o suicidio longe demais) que a eficácia de suas pregações e atos reforçam o neo nazismo e neo fascismo (sempre me insurgi contra o tal "neo", para mim sempre existiu mesmo é nazifascismo, que em 1929 deu a mão para o stalinismo). O aque ocorreu com a brasileira, em terras "civilizadas"como a Suiça, mostra que tenho bons fundamentos para dizer que o planeta terra é imensa caverna, grotão. Ainda não vi nenhum manifesto contra os profanadores de Sinagoga da Venezuela, verdadeira Noite dos Cristais, cuja responsabilidade é de Chavez, aliado dos aiatolás ditadores do Irã. Como aliado de Chavez, o governo brasileiro deixará, tenho certeza, o caso da agressão suiça nas antesalas do nada. Protestar com energia contra o racismo, quando se é aliado de racistas e antissemitas, é muito difícil. Aposto como o nosso Chanceler, no caso, tomará uma "providência enérgica", na companhia do seu líder, na adega permanente chamada Palácio do Planalto.
RRSão Paulo, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Próximo Texto | Índice Brasileira é atacada na Suíça por skinheads e perde bebês Paula Oliveira estava grávida de gêmeas; ela foi agredida em cidade perto de Zurique Cortes a estilete feitos nas pernas da advogada formam a sigla do SVP, partido suíço que apoia política anti-imigrante
DA REPORTAGEM LOCAL Uma advogada brasileira de 26 anos foi espancada e teve boa parte do corpo retalhado por estilete na Suíça por três homens brancos e carecas que pareciam skinheads, na noite de segunda-feira. Grávida de três meses de gêmeas, Paula Oliveira sofreu aborto na mesma noite, quando foi socorrida e internada em hospital universitário de Zurique. Ela continua em repouso, mas já não corre mais risco de morte. De acordo com informações do Itamaraty, Paula é funcionária do grupo controlador dinamarquês A. P. Moller - Maersk. O ataque aconteceu quando ela estava na estação de trem de Dubendorf, pequena cidade a cerca de cinco quilômetros de Zurique, onde trabalha. A brasileira foi arrastada pelo grupo até uma área cercada por árvores e atacada pelos homens por cerca de 10 minutos. Quando foi abordada, a advogada, que é branca, falava ao celular em português com a mãe, que mora no Brasil, o que faz aumentar a suspeita de que o grupo que a atacou é composto por simpatizantes nazistas. Um dos agressores tinha uma suástica na cabeça. Algumas das marcas de estilete que atingem especialmente as pernas e a barriga da advogada formam a sigla SVP, do Partido do Povo Suíço, que defende políticas anti-imigrantes consideradas, muitas vezes, racistas pela oposição. Em eleição parlamentar de 2007, um cartaz do partido exibia uma ovelha negra sendo expulsa por três brancas da bandeira da Suíça com os dizeres "Por mais segurança". Em resposta, simpatizantes da oposição social-democrata picharam peças de propaganda do SVP com suásticas e imagens de Adolf Hitler. Uma das principais queixas do SVP é que imigrantes, mesmo europeus, são contratados para postos de trabalho que poderiam ser ocupados por suíços. Paula é noiva de um suíço, que soube da agressão por telefone. Segundo o Itamaraty, ela mora no país legalmente. O pai da advogada, o assessor parlamentar Paulo Oliveira, viajou na terça-feira para o país. Ele disse ao "Jornal Nacional" que espera trazê-la de volta para o Brasil assim que ela estiver em melhores condições de saúde, o que pode levar cerca de 10 dias. (DANIEL BERGAMASCO) |