05/05/2009 - 12h01
Lula pede a PMDB cautela nas articulações e sinaliza que vai manter Múcio no cargo
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ontem parte da cúpula do PMDB para discutir o espaço do partido no governo e votações no Congresso. A Folha Online apurou que o presidente Lula teria pedido cautela nas articulações ao presidente licenciado da legenda e da Câmara, Michel Temer (SP), ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
A principal preocupação do presidente é com a ofensiva dos peemedebistas contra o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). A Folha Online apurou que a bancada do PMDB no Senado estaria estudando um documento para pressionar o presidente a entregar o cargo para o partido. O presidente teria dito que está satisfeito com o trabalho de Múcio e prometido pressa na acomodação de apadrinhados do PMDB.
Os líderes do partido teriam manifestado a insatisfação com as demissões dos afilhados políticos de cargos comissionados da Infraero e reclamado ainda da demora na acomodação de outros indicados, inclusive, parentes de parlamentares em cargos do terceiro escalão.
O líder do PMDB na Câmara lembrou ao presidente Lula que o compromisso do partido pela governabilidade está fechado até 2010, mas que a falta de entrosamento e reciprocidade pode ser incontrolável e prejudicar votações importantes.
O PMDB deu um recado na semana passada ao governo, durante a votação da medida provisória 449, que perdoa dívidas tributárias menores que R$ 10 mil e permite o parcelamento de débitos maiores em até 15 anos. A principal alteração foi o índice de correção das parcelas, que no parecer do relator estava vinculada à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e não à Selic, como queria o governo.
Hoje, a Selic está em 10,25%, enquanto a TJLP, em 6,25%. No fim, ficou acertado que prevalecerá o maior índice: a TJLP ou o teto de 60% da Selic --que hoje corresponderiam a 6,75% ao mês. A mudança preocupa a equipe econômica que vai tentar retomar o texto original no Senado.
Lula pede a PMDB cautela nas articulações e sinaliza que vai manter Múcio no cargo
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ontem parte da cúpula do PMDB para discutir o espaço do partido no governo e votações no Congresso. A Folha Online apurou que o presidente Lula teria pedido cautela nas articulações ao presidente licenciado da legenda e da Câmara, Michel Temer (SP), ao líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
A principal preocupação do presidente é com a ofensiva dos peemedebistas contra o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais). A Folha Online apurou que a bancada do PMDB no Senado estaria estudando um documento para pressionar o presidente a entregar o cargo para o partido. O presidente teria dito que está satisfeito com o trabalho de Múcio e prometido pressa na acomodação de apadrinhados do PMDB.
Os líderes do partido teriam manifestado a insatisfação com as demissões dos afilhados políticos de cargos comissionados da Infraero e reclamado ainda da demora na acomodação de outros indicados, inclusive, parentes de parlamentares em cargos do terceiro escalão.
O líder do PMDB na Câmara lembrou ao presidente Lula que o compromisso do partido pela governabilidade está fechado até 2010, mas que a falta de entrosamento e reciprocidade pode ser incontrolável e prejudicar votações importantes.
O PMDB deu um recado na semana passada ao governo, durante a votação da medida provisória 449, que perdoa dívidas tributárias menores que R$ 10 mil e permite o parcelamento de débitos maiores em até 15 anos. A principal alteração foi o índice de correção das parcelas, que no parecer do relator estava vinculada à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e não à Selic, como queria o governo.
Hoje, a Selic está em 10,25%, enquanto a TJLP, em 6,25%. No fim, ficou acertado que prevalecerá o maior índice: a TJLP ou o teto de 60% da Selic --que hoje corresponderiam a 6,75% ao mês. A mudança preocupa a equipe econômica que vai tentar retomar o texto original no Senado.