Praça dos Arcos, São Paulo, os poucos e dignos que merecem respeito.
Estive na Praça dos Arcos por algum tempo. Um pastor protestante falou em termos candentes contra o tirano do Irã. Errou uma palavra : em vez de "nossa indignação", falou "nossa indignidade". Pouco importa, as individualidades que alí estavam (poucas) souberam ouvir o sentido correto da fala emocionada. E o sentido era saudável. A juventude, como sempre, estava ali disposta a lutar. Uma senhora se aproximou de mim e de minha mulher, apresentou cumprimentos pelo artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, sobre as relações perigosas entre Brasil e Irã. Depois sumiu no meio das pessoas, sem dizer adeus. Procurei rostos conhecidos. Não os vi, mas com certeza alí estavam, de um modo ou de outro.
Recordei a figura de Sartre, solitário, distribuindo o jornal Liberation do qual discordava. Não era o meu caso na praça dos Arcos. Concordo com os que chamaram para o inconformismo. Mas pensei: nem sempre os que se posicionam pelo correto reúnem massas. Pelo contrário, os exemplos históricos seguem em sentido oposto. As multidões são reunidas pelos tiranos.
Mas os poucos (os anawin) sempre deixam sua marca na história. Dizem que não compactuaram com os genocídios e as razões nauseantes de Estado.
Neles, se apresenta a marca da humanidade.
RR
Recordei a figura de Sartre, solitário, distribuindo o jornal Liberation do qual discordava. Não era o meu caso na praça dos Arcos. Concordo com os que chamaram para o inconformismo. Mas pensei: nem sempre os que se posicionam pelo correto reúnem massas. Pelo contrário, os exemplos históricos seguem em sentido oposto. As multidões são reunidas pelos tiranos.
Mas os poucos (os anawin) sempre deixam sua marca na história. Dizem que não compactuaram com os genocídios e as razões nauseantes de Estado.
Neles, se apresenta a marca da humanidade.
RR