OLIGARQUINHA MAURIÇOLA E CAMBALACHEIRO
terça-feira, 4 de agosto de 2009 | 6:43
O vídeo é de um debate eleitoral de 1989. Vemos Fernando Collor com aquele cabelinho dividido ao meio na linha “Mamãe, sou um oligarquinha mauriçola”. Notem a voz firme e prepotente fingindo-se de segura. A mesma que ouvimos na tarde desta segunda. Com dureza, pergunta a Lula o que o petista tem a dizer sobre o apoio que recebeu, então, no segundo turno de José Sarney e Moreira Franco.
Lula ainda sentia vergonha de certas coisas. Depois isso passou. E aproveitou para esculhambar os que haviam declarado apoio a seu nome. Era bem menos esperto do que hoje. Caiu na armadilha do outro. Com a delicadeza que o caracteriza, Collor diz que Lula não sabe “distinguir uma fatura de uma duplicata”. A ignorância pode ter perdurado até 2002 ao menos. Vai ver foi por isso que o PT fez, assumidamente, caixa dois de campanha… Collor, justiça seja feita, também não era lá muito bom no assunto, a julgar pela pletora de notas frias que apareceu no chamado esquema PC Farias.
Bem, o que importa é que, hoje, estão todos juntos. Em 1989, o oligarquinha mauriçola chamava a união de ex-inimigos políticos de “cambalacho”. Nisso, ao menos, ele tinha razão.