Uma característica da imprensa "libertária" é o seu perene monólogo. Nas páginas das revistas, blogues e jornais mantidos por dinheiro público e pela militância fanática, só as verdades oficiais dos "movimentos" é permitida. Recordo que um dia certo colega me telefonou. Era o convite para um debate sobre o desarmamento. Agradeci a gentileza e disse que iria, sim, ao evento, sobretudo porque eu era contra a lei que estava sendo imposta pelo governo. O colega ficou furioso. Perguntei então pela posição dos demais convidados. Todos eram favoráveis à lei do desarmamento. Fiz notar que um...debate supõe várias atitudes mentais, políticas, religiosas, ideológicas. O convite foi desfeito na hora, com o telefone batendo ao meu ouvido, desligado pelo bom colega. Os militantes, quando comparecem a debates de verdade, ficam com face de peixe morto, olhos anuviados, distantes, quando os seus "inimigos" falam. Basta um seu "amigo" começar o discurso, aplausos, gritos, slogans são ouvidos. Mas a escuta também não existe, pois eles não estão alí para ouvir e pensar. Estão alí para berrar sua VERDADE, por definição a única e absoluta.
Essa marca passa aos veículos de "comunicação" das seitas políticas e que tais. Nas suas páginas reina o monólogo, a propaganda cinzenta, o "concordamos todos" e somos perfeitos. Ou seja, eles não fazem jornalismo, mas propaganda. Não por acaso, o jornal mais mentiroso da história humana tinha o nome de Pravda, a verdade. E quando eles criticam, não sabem analisar idéias que devem ser vencidas lógica ou empíricamente, pois vão direto às subjetividades, doentes de voyaeurismo intelectual. Seus procedimentos são baixos e ignoram os direitos de privacidade, porque eles deles são desprovidos em suas seitas. Alí, como em toda comunidade fechada, o olhar de todos ultrapassa paredes e roupas, chega à alma dos que a ela se entregam, servos voluntários. Muito do que é dito por Richard Senett (Cruz credo, um norte-americano, Vade Retro imperialista) de...esquerda, vale para tais aglomerados militantes. Neles, domina a tirania do olhar companheiro. Como não têm vida própria, eles se vingam de todos os que a possuem com a baba das "denúncias", etc.
Em suma: quando se trata de jornalismo, estamos entre as grandes firmas (condescendentes com os governos que pagam a preço de ouro uma propaganda eficaz) e as pequenas seitas (ou grandes, como o PT, uma federação de seitas) que só fazem propaganda...do seu governo e de si mesmas. Ou seja, não existe liberdade de informação e autonomia de pensamento. A censura ronda as redações "burguesas" e mais ainda as redações anti-burguesas. Na verdade, quando vejo em revistas socialites os petistas contentes, refestelados em restaurantes de luxo, consumindo champanhe e vinhos dos mais caros (alguns, claro, com acompanhamento de lingüiça) noto que só existe uma tendência hegemônica no mundo "jornalístico", a do companheiro Gerson, aquele que formulou a lei da vantagem. Nada mais.
Assim, os cafetões dos pobres e oprimidos se unem aos "amigos" e conseguem boquinhas no governo, no Legislativo, e, last but not least, nas universidades. Basta fazer chaleira para o Itamaraty de hoje e, catatau! lá vem um empreguinho nos States ou na França, uma bolsa de "pesquisa", etc. E o arrivista imagina ter direito de atacar os colegas, mesmo que eles venham de lutas acerbas em prol da liberdade, da universidade, da ciência. Mesmo que eles tenham sofrido nas cadeias da ditadura, da qual muitos integrantes fazem parte do governo "libertário". Nada vale para quem possui a missão de atacar os "inimigos" do governo, sobretudo para quem se recusa a desempenhar as tarefas abjetas do cafetinato elevado a modus operandi acadêmico ou político. A fúria dos cafetões do espírito tomba com maior intensidade contra os que não distorcem títulos, porque eles foram conquistados em bancas, em exames públicos rigorosos. Quem vive do favor político, ignora o quanto é difícil pesquisar, contra todas as opiniões estabelecidas.
RR
Essa marca passa aos veículos de "comunicação" das seitas políticas e que tais. Nas suas páginas reina o monólogo, a propaganda cinzenta, o "concordamos todos" e somos perfeitos. Ou seja, eles não fazem jornalismo, mas propaganda. Não por acaso, o jornal mais mentiroso da história humana tinha o nome de Pravda, a verdade. E quando eles criticam, não sabem analisar idéias que devem ser vencidas lógica ou empíricamente, pois vão direto às subjetividades, doentes de voyaeurismo intelectual. Seus procedimentos são baixos e ignoram os direitos de privacidade, porque eles deles são desprovidos em suas seitas. Alí, como em toda comunidade fechada, o olhar de todos ultrapassa paredes e roupas, chega à alma dos que a ela se entregam, servos voluntários. Muito do que é dito por Richard Senett (Cruz credo, um norte-americano, Vade Retro imperialista) de...esquerda, vale para tais aglomerados militantes. Neles, domina a tirania do olhar companheiro. Como não têm vida própria, eles se vingam de todos os que a possuem com a baba das "denúncias", etc.
Em suma: quando se trata de jornalismo, estamos entre as grandes firmas (condescendentes com os governos que pagam a preço de ouro uma propaganda eficaz) e as pequenas seitas (ou grandes, como o PT, uma federação de seitas) que só fazem propaganda...do seu governo e de si mesmas. Ou seja, não existe liberdade de informação e autonomia de pensamento. A censura ronda as redações "burguesas" e mais ainda as redações anti-burguesas. Na verdade, quando vejo em revistas socialites os petistas contentes, refestelados em restaurantes de luxo, consumindo champanhe e vinhos dos mais caros (alguns, claro, com acompanhamento de lingüiça) noto que só existe uma tendência hegemônica no mundo "jornalístico", a do companheiro Gerson, aquele que formulou a lei da vantagem. Nada mais.
Assim, os cafetões dos pobres e oprimidos se unem aos "amigos" e conseguem boquinhas no governo, no Legislativo, e, last but not least, nas universidades. Basta fazer chaleira para o Itamaraty de hoje e, catatau! lá vem um empreguinho nos States ou na França, uma bolsa de "pesquisa", etc. E o arrivista imagina ter direito de atacar os colegas, mesmo que eles venham de lutas acerbas em prol da liberdade, da universidade, da ciência. Mesmo que eles tenham sofrido nas cadeias da ditadura, da qual muitos integrantes fazem parte do governo "libertário". Nada vale para quem possui a missão de atacar os "inimigos" do governo, sobretudo para quem se recusa a desempenhar as tarefas abjetas do cafetinato elevado a modus operandi acadêmico ou político. A fúria dos cafetões do espírito tomba com maior intensidade contra os que não distorcem títulos, porque eles foram conquistados em bancas, em exames públicos rigorosos. Quem vive do favor político, ignora o quanto é difícil pesquisar, contra todas as opiniões estabelecidas.
RR