quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
O mito da incrível popularidade de Lula
Faz quase um mês da estréia da mais cara e maior peça publicitária do Brasil – o famigerado Lula, filho do Brasil – e a audiência não é a esperada. Para um presidente com 80% de popularidade (segundo pesquisas) é estranho um desempenho tão pífio no cinema. Lembro da fala de um dos produtores “a história de Lula vende, é como a de Rocky Balboa”. O filme foi produzido e direcionado para perpetuar o mito de Lula, mas ao que parece não surtiu o efeito desejado na população. Não aceito o argumento de que as “massas cansadas e pobres não podem ir ao cinema”. Primeiro porque mega-promoções estão sendo realizadas para alavancar o filme que vão desde ingressos com descontos até caravanas organizadas por centrais sindicais. Segundo porque o eleitorado e os fãs de Lula não são majoritariamente oriundos dos rincões miseráveis do país. Lula possui vários adoradores nas classes média e alta.
Onde estão os 80% que veneram o “cara”? Será que nem mesmo eles suportaram o melodrama de quinta categoria que mistifica a figura do presidente?
Lula é popular? Sim, não nego esta realidade. Lula é tão popular quanto ele mesmo, seu partido e as pesquisas tentam mostrar? Definitivamente não. Vamos lembrar que Lula esperava ser reeleito já no primeiro turno, a eleição teve dois turnos com um candidato praticamente desconhecido nacionalmente e Lula não ganhou com tanta folga como se esperava. O segundo mandato de Lula foi mais turbulento do que o primeiro, arrisco a dizer que sua popularidade é menor neste segundo mandato do que era no primeiro.
Este filme horrendo servirá para algo afinal, medir de fato o quão Lula é realmente popular.