Ex-preso político de Cuba considera insulto a fala de Lula.
sexta-feira, 12 de março de 2010, 16:12 |
JOSÉ MARIA TOMAZELA - Agencia Estado
SOROCABA - O presidente do Projeto dos Grandes Primatas (GAP) internacional, o microbiologista Pedro Ynterian, que foi preso em 1961 pelo regime de Fidel Castro em Cuba, reagiu à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a situação de presos políticos naquele país à de presos comuns no Brasil. Em carta aberta divulgada hoje com o título "Eu sou um bandido!", Ynterian diz que é um ex-prisioneiro político e considera "um insulto" comparar a condição dos criminosos que lotam as prisões paulistas com a de presos políticos como o cubano Orlando Zapata, que morreu após 85 dias de greve de fome.
A uma agência internacional, Lula disse que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos, e que as determinações da Justiça e do governo de deter pessoas em nome da legislação de Cuba devem ser respeitadas.
Empresário naturalizado brasileiro, Ynterian está no País há mais de 35 anos, construiu e mantém em Sorocaba um santuário especializado em chimpanzés e se tornou um ambientalista respeitado internacionalmente. Ele sempre evitou falar de seu passado de lutas pela democracia em Cuba, mas, depois da declaração do presidente, disse que, se ficasse calado, estaria "traindo a memória" dos dissidentes cubanos que morreram lutando contra a ditadura castrista.
A uma agência internacional, Lula disse que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos, e que as determinações da Justiça e do governo de deter pessoas em nome da legislação de Cuba devem ser respeitadas.
Empresário naturalizado brasileiro, Ynterian está no País há mais de 35 anos, construiu e mantém em Sorocaba um santuário especializado em chimpanzés e se tornou um ambientalista respeitado internacionalmente. Ele sempre evitou falar de seu passado de lutas pela democracia em Cuba, mas, depois da declaração do presidente, disse que, se ficasse calado, estaria "traindo a memória" dos dissidentes cubanos que morreram lutando contra a ditadura castrista.