Sr. Deputado: o presidente se expressou MUITO bem e foi compreendido perfeitamente. Para a maioria do seu partido, "direitos humanos" é algo a ser defendido...para os que batem palmas diante de tiranos. É uma idéia fanática, tosca e mesquinha dos direitos, mas muito clara e distinta. Certa feita, uma pessoa amiga dizia que certas frases, de tão brilhantes, imitavam o sol. Ela criou um neologismo: uma frase brilhante soleja. Pois bem, frases brilhantes não obrigatoriamente trazem conceitos justos, honestos, ética e moralmente falando. Frases assassinas podem solejar. É o que se passa com a "falação" (o termo, bárbaro, tem o copy right do PT) presidencial. Ele disse com perfeita lógica seu apoio a um Estado assassino, dirigido por assassinos. Agora, quanto à determinação existencial de quem apoia assassinos, responda quem tiver estômago forte. Eu vomitei ao ler a declaração do magistrado de um país supostamente democrático. A nausea, diante das ideologias ordinárias, pode TAMBÉM matar. RR
Comparação de Lula entre Brasil e Cuba causa polêmica em Brasília
Lula comparou presos políticos de Cuba a bandidos brasileiros.
Comparação foi feita em entrevista à agência de notícias Associated Press.
Provocou fortes reações em Brasília uma declaração do presidente Lula comparando presos políticos em Cuba a bandidos no Brasil. A comparação foi feita durante entrevista exclusiva à agência de notícias Associated Press.
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O presidente Lula disse que greve de fome não pode ser pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos, referindo-se aos dissidentes cubanos, e questionou como seria se todos os bandidos presos em São Paulo fizessem greve de fome para pedir liberdade.
Para a oposição, a comparação é descabida e oportunista. "Quem tem compromisso com os direitos humanos critica a situação dos presos no Brasil e denuncia a situação dos presos lá em Cuba. Quem não tem usa a situação dos presos daqui para defender a tirania e os tiranos lá. Isso é oportunismo, isso é cinismo não é compromisso com os direitos humanos", disse o deputado Raul Jungman (PPS-PE) da Comissão de Relações Exteriores.
"Ou o presidente Lula se expressou mal ou ele não foi compreendido, porque é claro que ele compreende a diferença entre um preso político e um preso comum. Nós inclusive não aceitamos que alguém seja preso apenas porque é oposição ao governo, sem ter cometido um crime", rebate o deputado Maurício Rands (PT-PE) também da Comissão de Relações Exteriores.
A declaração do presidente Lula foi feita no mesmo dia em que dissidentes políticos anunciaram mais um pedido de ajuda. Querem que o presidente interceda para acabar com a greve de fome de Guilhermo Fariñas, que começou no dia 24 de fevereiro, logo depois da morte do preso político Orlando Zapata, que também fez greve de fome.
O Palácio do Planalto negou que tenha recebido o pedido.