Contra a barbárie
O filósofo Roberto Romano escreveu no Estado de S.Paulo de ontem um artigo memorável sobre a omissão do presidente Lula no caso da iraniana Sakinehrt Ashtiani condenada a morrer por apedrejamento em praça pública. Entrevistado no Gaúcha Atualidade, Romano disse que o destino da iraniana poderia ser outro se o presidente Lula tivesse intercedido mais cedo por ela. Não sei se faria diferença, dado o radicalismo do regime iraniano, mas concordo com o professor: seria melhor para a biografia de Lula.
Por mais que se respeite a cultura de cada país, a barbárie é inaceitável. Não se pode compactuar com ela.
Veja aqui o artigo do professor Romano e ouça a entrevista no Atualidade:
"A vida tem direitos absolutos", defende professor sobre mulher condenada à morte por adultério. 05/08/2010 - 8h20
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Autor: Audio Gaucha
Categoria: Gaúcha Atualidade
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A Suprema Corte do Irã rejeitou a reabertura do caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento por adultério, e considera o pedido da acusação para executar a mulher. O professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto Romano, comenta relação entre Brasil, que ofereceu asilo, e Irã. Ele ressalta que as leis iranianas devem ser respeitadas, mas diz que a legitimidade delas tem como um dos aspectos a boa política de respeito aos direitos humanos. Romano lembra dos tempos de ditadura em que aqueles que reclamavam de perseguição hoje aplicam leis com o mesmo conteúdo que antes eram contrários