| ||||||||
| ||||||||
| ||||||||
Com a técnica de bandagem funcional feita com fita adesiva do tipo esparadrapo, a fisioterapeuta Melissa Luiza Moura, conseguiu amenizar em um dia as dores causadas pela Síndrome Tensional Cervical – incômodo decorrente de esforço repetitivo e posturas inadequadas mantidas durante período prolongado de tempo. Bastante comum entre a população, principalmente mulheres, a síndrome atinge o músculo trapézio, localizado próximo ao pescoço. Os tratamentos convencionais reúnem um conjunto de técnicas para o alívio das dores constantes na região do pescoço e ombros, no entanto, a ideia da fisioterapeuta foi comparar dois dos recursos indicados nesta situação para analisar o grau de eficiência de cada um. São eles a bandagem funcional e a corrente interferencial, esta última caracterizada por estímulos elétricos na pele na região tensionada. Pelos resultados, ambas foram muito eficientes para amenizar as dores rapidamente, mas com a bandagem funcional o alívio ocorreu em um dia. Já com a corrente interferencial, apenas após três dias de intervenção as mulheres relataram melhora das dores, o que também consiste em um bom resultado. “É evidente que seriam necessários muito mais que três dias para que se interrompa o processo de inflamação, por isso a pesquisa contribui para mostrar o desempenho individual dos tratamentos e uma forma eficaz de diminuir o incômodo das dores”, avalia. O estudo foi apresentado na Faculdade de Educação Física (FEF) para obtenção do título de mestre, com orientação do professor Antonio Carlos de Moraes. Os testes foram feitos em 30 voluntárias, com hipótese diagnóstica de síndrome tensional cervical e idade média de 28 anos. No grupo de estudo, as profissões foram variadas, como secretárias, faxineiras, entre outras. Em geral, elas mantinham atividades rotineiras com esforços repetitivos. A análise dos dados levou em conta as indicações das mulheres na escala visual analógica da dor, confrontada com as respostas dos sinais eletromiográficos do músculo trapézio antes e após as intervenções. Melissa formou três grupos de dez mulheres para a realização da pesquisa, sendo que um dos grupos não participou das técnicas de tratamento, mas fez todas as avaliações para controle. No caso das mulheres que se submeteram ao tratamento com bandagem funcional, permaneceram com os esparadrapos por 24 horas. Já aquelas do grupo tratado com a corrente interferencial fizeram intervenções durante três dias consecutivos, em um período de 30 minutos por dia. Para a fisioterapeuta, um diferencial na técnica da bandagem seria a posição como dispôs os esparadrapos na região do pescoço. Isto pode ter resultado nos efeitos positivos, uma vez que na literatura existem poucos trabalhos abordando o assunto. “Combinei duas posições diferentes descritas na literatura e coloquei o esparadrapo no sentido das fibras musculares e na posição perpendicular, formando um desenho quadriculado. É bem possível que o alívio das dores se deva ao fato da técnica aplicada facilitar a contração muscular e o aumento da circulação sanguínea no local, proporcionando a analgesia e antiinflamação”, explica. .................................................
|