Internacional
EUA
Petraeus reprova decisão de pastor de queimar Corão
Religioso ignora advertência, apesar dos possíveis riscos à segurança de soldados e civis
O general David Petraeus (AFP)
Ignorando os pedidos do general David Petraeus para rever sua ideia, o pastor da Igreja Dove World Outreach, na Flórida, Terry Jones, confirmou na manhã desta terça-feira sua decisão de queimar cópias do Corão no próximo dia 11 de setembro. Em 2010, completam nove anos os atentados terroristas que mataram mais de 3.000 em Nova York e Washington na mesma data.
Petraeus, comandante das tropas dos EUA e responsável máximo da missão da Otan no Afeganistão, advertiu que a queima do livro sagrado do Islã "pode causar problemas significativos" para as forças americanas em países muçulmanos. Ele acrescentou que a iniciativa da igreja representa um sério risco para a segurança de soldados e até civis, “não apenas em Cabul, mas em todas as partes do mundo”.
Porém, Terry Jones ressaltou que a queima do Corão "não é nem um ato de amor, nem um ato de ódio, mas sim uma advertência sobre a ameaça que representa o Islã". O pastor disse em uma entrevista à rede CNN que os EUA "enfrentam um inimigo com o qual não se pode dialogar e ao qual se deve mostrar força". Ele decidiu ainda declarar 11 de setembro como o "dia internacional de se queimar o Corão".
No site da igreja, Terry Jones descreve o Islã como “violento e opressivo” e considera que “é preciso enviar uma mensagem clara a esses radicais de que não seremos controlados e dominados pelos seus medos e ameaças”. A divulgação da cerimônia de queima do Corão já provocou protestos na Indonésia e no Afeganistão.