domingo, 14 de novembro de 2010

Marta Bellini: leia o post abaixo, dos magníficos qualquer coisa, e vc entenderá o que se passa com a sua pessoa...abs, Roberto Romano

domingo, 14 de novembro de 2010

Kafka em Stalingrado......


Prezados Professores X e Y
Imagem: Dante, arrogância

Venho por meio desta carta, assinalar minhas percepções após minha entrevista feita pelos senhores


Antes: Há verdades factuais que não podem ser transformadas em opiniões. Hanna Arendt.

Levei à reunião na manhã do dia 99 de zotubro de 2010, com os senhores, três páginas com as pontuações sobre os problemas decorrentes de minha gestão com o Homem Aranha. Com estas páginas entreguei um rol de documentos, fatos do que ocorreram na BAT Caverna. Para minha surpresa algumas perguntas feitas não eram pertimentes à BAT CAVERNA.


Em primeiro lugar minha posição acadêmica e política é esta:


Bolsas de estudos são para estudantes, bem como docentes (Produtividade de Pesquisa e outras) que fizeram por as merecer. As bolsas não podem ser aviltadas, "negociadas", vendidas a qualquer título. Ou se as merece ou não. Qualquer outra maneira de conceder as bolsas sustenta-se em alguma troca de favores pessoais. Todas as pessoas honestas, docentes e discentes, sabem disso e pautam suas ações com base no princípio ético do mérito acadêmico para a obtenção ou concessão de bolsas de estudos.
Porém, blá blá blá blá...... Uma indignidade que se quer fazer passar por algo normal, regular, perfeitamente ético. E, numa manobra, o autor da iniqüidade apresenta-se como vítima de uma injustiça, bem como uma pessoa acima das normas e leis, pois seria superior a todos os demais. Na democracia somos iguais perante a Lei, nenhum de nós, por melhor que sejamos, podemos reivindicar um estatuto de cidadão superior. Esse lugar social, pretendido pelo ofensor que se passa por ofendido, é próprio daquelas pessoas que governam sozinhas e de modo arbitrário. Estas se consideram acima das Leis, da massa ignara que deve obedecer as leis que eles produzem.

1 – O professor X disse-me que “eu havia trabalhado quinze anos no Z, da Universidade Estadual de Maringá”. Perguntou-me: Por que eu havia saído deste Programa? Ora, os professores vieram para verificar “pobremas” na BAT CAVERNA. Por que me fez perguntas sobre outro local?


Como sabia que eu havia trabalhado no Z havia 15 anos? Quem lhe deu essa informação antes de me conhecer e saber do outro local, Zagua? Detalhe: eu ainda trabalho nesse Programa. Depois que entrei para a BAT CAVERNA diminui minhas atividades no outro local, na Zagua. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX Do que queria saber o Professor X? Insistindo, o professor perguntou-me porque eu não ficara nos dois programas, W e Z?


Ora, ora, ora ........ ainda temos a possibilidade de fazer escolhas. E essas escolhas são feitas de acordo com condições objetivas (tempo, saúde, qualidade do trabalho etc) e somos livres, pelo menos, por ora, para fazê-la. Constrangedora situação porque o professor, seguramente, obteve informações , mas não por mim. Por quem, então? blá blá blá blá Hum. Há algo de podre no reino da Dina-marca.


Fiz um documento para a Coordenação do Programa Z, solicitando um atestado de idoneidade moral (parecido com aquele solicitado no período da ditadura militar, atestado de antecedentes criminais).

2 – O professor X perguntou-me na minha saída se eu tinha consciência de que eu havia conversado com o PRESIDENTE de uma Instituição. Eu disse que sim. Blá blá blá blá Pergunto: Por que eu não poderia falar com o presidente de uma instituição? Como cidadã, posso falar (ou tentar falar) mesmo com o PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Há essa liberdade do indivíduo em nossa Constituição. (será que a Dilminha me atenderá?)


3 – Dos relatos e processos que levei à Comissão, especial interesse foi aquele blá blá blá blá E são fatos, não são opiniões.

4 – O professor X perguntou-me sobre a Professora PE. Ora, por que apenas esta professora? blá blá blá blá .....


5 – Curioso é que o professor X perguntou às professoras A, be e ce se elas sabiam por que eu havia saído no Programa de Z.


6 – Quando mostrei uma avaliação discente ... ouvi uma prelação do Professor Y sobre a área de Humanidades em que não se faz prova. Veio a uma Universidade do norte do Paraná ensinar metodologia de avaliação. Interessante.


7 – O professor Y deixou seu email na lousa da sala de reuniões blá blá blá ... Pergunto: adotou-se a delação premiada?

Para finalizar faço três considerações:


a) Escrevi essa carta mesmo sabendo que, após a leitura desta pelos professores, minha “cabeça irá a prêmio”. (Já foi nessa altura; a carta, enviei-a há uma semana).


b) Se até agora a Universidade está quieta..... . (ah, deixa pra depois).


c) Fiquei estarrecida (depois entendi; no país da preguiça...) com a crítica ao fato de dar 5 disciplinas. É verdade, temos que dar o mínimo, não é Tio Beto Richa? Quando o NOVO governador BETO RICHA souber (e eu vou contar para o titio) ... vão me chamar de direita. Mas, é mesmo, estou da direita à esquerda, da ex-querda ao centro... e no centro.... mas, sem Função Gratificada.

Atenciosamente,
EU, a ingênua, a vaca, a velha, a louca, a filha da puta, a idiota, a livre....
A carta sem hieróglifos irá para a imprensa.