quinta-feira, 7 de março de 2013

Não é possível confundir esta pessoa com a de todos os pastores. É possível manter um pensamento determinado sobre vários temas, inclusive é possível e permitido, diria mesmo é um dever de consciência. expor o que se pensa sobre todos os temas. E não é necessário concordar com os movimentos sociais que defendem bandeiras de luta contrárias aos ensinamentos das igrejas. No caso presente, no entanto, a pessoa ultrapassa todos os limites da civilidade e do respeito aos outros. Sua doutrina seria condenada, com certeza, por Lutero, porque ela é simoníaca de modo escancarado. Se Tetzel vendia indulgências, ele vende milagres, basta assistir suas falas no You Tube. E a "maldição"dos negros, é de espantar. Duvido que os pastores da maior parte das igrejas pensem e falem de tal modo. Eles não entram no racismo brutal das frases mantidas pelo deputado. É o escárnio. A Comissão de Direitos Humanos, como também, aliás, a Comissão de Ética, entra no âmbito dos entes apenas linguisticos. Elas existem no nome, mas a realidade é o oposto. Nada que não tenha sido previsto em 1984, o romance de Orwell. A Câmara dos Deputados chega, assim, à era da impudência absoluta. Falta do que os gregos chamavam "Aidós", rubor na face.




Comissão de Direitos Humanos elege pastor polêmico como presidente

Do UOL, em Brasília

  • Gustavo Lima - 26.out.2011/Agência Câmara
    Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito presidente da CDH após uma série de polêmicas Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito presidente da CDH após uma série de polêmicas
Os deputados da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara dos Deputados, elegeram, nesta quinta-feira (7), o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. Ele teve 11 votos dos colegas (houve 12 votos no total, sendo um em branco) e já havia sido indicado por seu partido para presidi-la. Feliciano é acusado de homofobia e racismo, mas nega.
Após ser eleito hoje, Feliciano chegou a dizer que sua mãe é de "matriz africana", apesar de não ter o "matiz de pele" negro.

A eleição do presidente é feita pelos membros da comissão, que, em geral, seguem a indicação partidária. A bancada do PSC, composta por 17 parlamentares, confirmou na terça-feira o nome do pastor para ocupar o cargo. Como vice, a indicação foi para a deputada Antonia Lúcia.

Até então, o PT da presidente Dilma Rousseff comandava a CDHM, sob a direção do deputado Domingos Dutra (MA), mas o partido preferiu assumir as comissões de Constituição e Justiça e Cidadania; de Seguridade Social e Família e de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
A sessão de hoje foi marcada, mais uma vez, por polêmicas e protestos -- o presidente Domingos Dutra chegou a se retirar da sessão, seguido por outros parlamentares, como Jean Wyllys (PSOL-RJ). A deputada Luiza Erundina chegou a dizer que "esta não é mais uma comissão de direitos humanos".
Dutra se recusou a comandar a eleição sem a participação dos movimentos sociais, que foram impedidos de entrar na sala da comissão.

Nesta quarta, a comissão deveria ter realizado a eleição, mas, devido a bate-boca e tumulto, a sessão foi cancelada e convocada novamente para esta quinta, desta vez, sem a presença de manifestantes e "torcida".

Aos 40 anos e pastor da Igreja Assembleia de Deus há 14, Feliciano é formado em Teologia.

Polêmicas

Desde a semana passada, antes mesmo de ser indicado pelo PSC para o posto, a possibilidade de Feliciano como presidente da CDH gerou protestos de ativistas de direitos humanos, porque o deputado tem um discurso que pode ser considerado polêmico.

Em 2011, ele usou o Twitter para dizer que os descendentes de africanos seriam amaldiçoados. "A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!", escreveu.

Em outra ocasião, o pastor postou na rede social que "a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição". No ano passado, o pastor defendeu em debate no plenário os tratamentos de "cura gay".

Ele nega as acusações de racismo e homofobia. Ontem, ele negou ser homofóbico. "Não sou contra os gays, sou contra o ato e o casamento homossexual. Quero o lugar para poder justamente discutir isso. Vai ser debate. Vou ouvir e vou falar", afirmou.

Disputa na web

Quando foi anunciado que o PSC ficaria com a presidência da comissão, vários abaixo-assinados começaram a se espalhar pela internet, contra e a favor da indicação de Feliciano para o cargo.
Na semana passada, uma petição no site Avaaz pedia que ele fosse deposto da comissão. Em seguida, o próprio deputado criou uma petição em seu site defendendo sua indicação.

Agora, uma petição no site Change.org assinada por um grupo de religioso diz que nem todos os evangélicos apoiam Feliciano.

Manifestantes chamam deputado federal Marco Feliciano de racista

  • Reprodução/Twitter Mensagem que foi postada no Twitter do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e depois apagada