Chefs apostam na informalidade do serviço e reduzem custos
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MAGÊ FLORES
DE SÃO PAULO
Do balcão, gritam um nome: o pedido está pronto e o cliente já pode buscá-lo.
DE SÃO PAULO
Famosos em Nova York, os restaurantes sem garçons, como o Burger Joint, uma das melhores hamburguerias da cidade, são cada vez menos "coisa de estrangeiro".
- Tornar o serviço informal reduz custos e aproxima os clientes
- Projeto de lei quer vincular taxa de serviço ao salário dos garçons
Daniel Marenco/Folhapress | ||
Reserva TT Burger, de Thomas Troisgros, tem embalagens descartáveis; o cliente pode levar o pedido para viagem ou ficar nas mesas para comer |
Nesses locais, o mais comum é a presença de apenas um funcionário para
limpar as mesas -o cliente é responsável pelo restante (paga e retira o
pedido no balcão).
Além do conceito despojado, apoiado na informalidade, há uma redução de
custos que torna os negócios mais vantajosos para o restaurante e para o
cliente.
Uma simulação feita pela Universidade Anhembi Morumbi, a pedido da Folha,
mostra que a casa pode economizar pelo menos 14% se não oferecer
serviço. Em um restaurante cujo faturamento é de R$ 290 mil, por
exemplo, economiza-se R$ 40 mil.
"Esse pode ser um impulso para a gastronomia em um momento em que se
fala tanto dos preços abusivos", diz Vera Araújo, professora do curso de
gastronomia.
Para alguns chefs, esse modelo é uma oportunidade de oferecer pratos com
ingredientes de maior qualidade e preparo mais cuidadoso a preços
honestos.
É o caso de Thomas Troisgros, que, inspirado no jeitão informal de comer
do nova-iorquino, abriu o TT Burger em pleno Arpoador, no Rio.
Ali, serve hambúrguer artesanal de fraldinha, contrafilé e acém, com
queijo meia cura, salada e picles no pão de batata-doce por R$ 25.