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Quarta, 27 de novembro de 2013
Zé Dirceu escorrega mais uma vez, segundo sociólogo
No PT, sempre se disse que a melhor forma de fazer Zé Dirceu
se enrolar é jogar os holofotes para ele. Nos bastidores, é quase
imbatível. Mas à luz do dia, a vaidade e autoconfiança são tão
agigantadas que o escorregão é inevitável.
A prova foi este contrato de trabalho para ser gerente de um hotel com salário de 20 mil reais mensais.
O hotel Saint Peter tem história em Brasília. E muito citada. Irmão quase siamês do Saint Paul, foi leiloado em 2005 para pagar indenizações às famílias vítimas do desabamento do Edifício Palace 2, todos de propriedade, até então, de Sérgio Naya. Emblemático, não?
Hoje, o Saint Peter é propriedade de Paulo Masci, filiado do PTN (ex-deputado por este partido) e também proprietário de várias rádios em São Paulo (como a Tupi FM).
Somente a vaidade e sentimento quase doentio de poder pode explicar a
tranquilidade em definir este salário para uma função que, no mesmo
hotel, em agosto do ano passado, se recebia 1,8 mil reais mensais
(segundo cópia da carteira de trabalho da então gerente geral do Hotel
Saint Peter, Valéria Linhares).
Sei que alguns "puristas" dirão que o salário pago é problema de quem
contrata, o que é um fato. A questão não é trabalhista, mas política. É
razoável e prudente jogar para si esta situação? Não fica parecendo
chacota?
O problema é este: Zé Dirceu, em público, acaba perdendo a medida do razoável e da prudência. Um problema crônico para quem o conhece.