domingo, 4 de outubro de 2009

IHU-Unisinos. Comovente, mas as datas são "levemente" modificadas. Por exemplo, os nazistas foram excomungados ANTES de Hitler no poder. Depois...

4/10/2009
Os nazistas foram excomungados por bispos alemães

Nada de "Papa de Hitler". Nada de colaboradores voluntários do nazismo. Alguns documentos encontrados na Alemanha pela Pave the Way Foundation (PTWF) provam que, desde setembro de 1930, os bispos católicos haviam excomungado o Partido Nazista de Hitler.

Nos documentos encontrados por Michael Hesemann, colaborador da PTWF, consta que, em setembro de 1930, três anos antes que Adolf Hitler subisse ao poder, a arquidiocese de Mainz condenou de forma pública o Partido Nazista.

A reportagem é do sítio Religión Digital, 03-10-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Segundo as normas publicadas pelo Ordinário de Mainz, estava "proibido a qualquer católico inscrever-se nas fileiras do Partido Nacional-Socialista de Hitler".

"Aos membros do partido hitleriano não era permitido participar em grupo de funerais ou de outras celebrações católicas semelhantes."

"Enquanto um católico estivesse inscrito no partido hitleriano, não podia ser admitido aos sacramentos."

A denúncia da arquidiocese de Mainz foi publicada em primeira página pelo L'Osservatore Romano, em um artigo publicado no dia 11 de outubro de 1930. O título do artigo é: "O partido de Hitler condenado pela autoridade eclesiástica".

Nele se declarava a incompatibilidade da fé católica com o nacional-socialismo. Nenhuma pessoa que se declarasse católica podia se tornar membro do partido nazista, sob pena da exclusão dos sacramentos.

Em fevereiro de 1931, foi a diocese de Munique que confirmou a incompatibilidade da fé católica com o Partido Nazista.

Em março de 1931, as dioceses de Colônia, Parderborn e as das províncias da Renânia também denunciaram a ideologia nazista, proibindo publicamente qualquer contato com os nazistas.

Indignados e furiosos pela excomunhão emitida pela Igreja católica, os nazistas enviaram Hermann Göring a Roma com a petição de audiência com o secretário de Estado, Eugenio Pacelli. No dia 30 de abril de 1931, o cardeal Pacelli recusou se encontrar com Göring, que foi recebido pelo subsecretário, Dom Giuseppe Pizzardo, com a missão de tomar nota de tudo o que os nazistas pediam.

Em agosto de 1932, a Igreja católica excomungou todos os dirigentes do Partido Nazista. Entre os princípios anticristãos denunciados como hereges, a Igreja mencionava explicitamente as teorias raciais e o racismo.

Também em agosto de 1932, a Conferência Episcopal Alemã publicou um documento detalhado em que se davam instruções de como se relacionar com o Partido Nazista. No documento, publicado pela Conferência Episcopal Alemã, está escrito que era absolutamente proibido aos católicos ser membros do Partido Nacional-Socialista. Quem desobedecesse seria imediatamente excomungado.

No documento da Conferência Episcopal encontrado pela PTWF, está escrito que "todos os Ordinários declararam ilícito pertencer ao Partido Nazista", porque "as manifestações de numerosos chefes e publicitários do partido têm um caráter hostil à fé" e "são contrárias às doutrinas fundamentais e às indicações da Igreja Católica".

Em janeiro de 1933, Adolf Hitler chegou ao poder, e as associações católicas alemãs difundiram um folheto intitulado "Um convite sério em um momento grave", em que consideravam a vitória do Partido Nacional-Socialista "um desastre" para o povo e para a nação.

No dia 10 de março de 1933, a Conferência Episcopal Alemã, reunida em Fulda, escreveu um apelo ao presidente da Alemanha, o general Paul L. von Beneckendorff und von Hindenburg, para expressar "nossas preocupações mais graves, que são compartilhadas por amplos setores da população".

Os bispos alemães se dirigiram a von Hindenburg manifestando seu temor de que os nazistas não respeitassem "o Santuário da Igreja e a posição da Igreja na vida pública". Por isso, pediram ao presidente uma "urgente proteção da Igreja e da vida eclesiástica".

Os bispos católicos haviam previsto isso, mas não foram ouvidos.

Os documentos encontrados pela PTWF são de notável importância, porque põem um fim às repetidas calúnias que pretenderam manchar a Igreja Católica como diligente colaboradora do nazismo, quando na verdade foi a primeira em denunciar sua periculosidade.

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