terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dirceu, o inefável.

Em seminário na Unicamp, durante a campanha contra Fernando Collor, na mesa intitulada "Ética na Política" o mesmo Dirceu elogiou efusivamente a liberdade de imprensa. Tenho todas as anotações, feitas por mim (eu estava na mesa de trabalhos) durante o discurso do líder petista. Agora, quanto a José Sarneye Renan Calheiros, são sustentados e sustentam o esquema do governo. São idênticos, ou no velho idioma, unos "atque idem". Mas pouco importa: militantes e seus dirigentes dizem qualquer coisa, em seu favor e contra os críticos. Sua palavra é leve e solta. Como alguns atos fisiológicos. O odor é igual. RR


Na BA, José Dirceu critica 'excesso de liberdade' da imprensa

Além disso, disse que a eleição de Dilma à Presidência 'está carimbada', apesar dos recentes escândalos envolvendo o governo

14 de setembro de 2010 | 16h 18
Tiago Décimo, de O Estado de S.Paulo

SALVADOR - Em palestra para sindicalistas do setor petroleiro da Bahia, na noite desta segunda-feira, 13, em Salvador, o ex-ministro da Casa Civil e líder do PT José Dirceu criticou o que chamou de "excesso de liberdade" da imprensa.

Além disso, disse que a eleição de Dilma Rousseff à Presidência "está carimbada", apesar dos recentes escândalos envolvendo o governo, admitiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "duas vezes maior" que o PT e atacou os peemedebistas Renan Calheiros e José Sarney - apesar de atribuir à aliança do PT com o PMDB parte do mérito pela ascensão de Dilma nas pesquisas eleitorais.

Dirceu disse aos cerca de 100 líderes sindicais que acompanharam sua apresentação que o primeiro ano de governo de Dilma "será certamente marcado pela política", por causa da imprensa. "O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa", disse.

Depois, Dirceu avaliou que a possível eleição de Dilma é fruto, entre outros fatores, da atração do PMDB para a chapa presidencial, mas criticou duramente dois líderes do partido, Renan Calheiros e José Sarney. "Vocês não vão acreditar que eles são éticos, né?", ironizou.