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10 de outubro de 2014 • 14h27
• atualizado às 14h39
Ivan Valente e Chico Alencar (PSOL) declaram apoio a Dilma
Edmílson Rodrigues, Chico Alencar, Jean Wyllys e Ivan
Valente, deputados federais eleitos pelo PSOL, declararam oficialmente
apoio a Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.
O posicionamento foi publicado nesta sexta-feira em seus perfis do
Facebook.
"O PSOL vê com preocupação o avanço conservador no
Congresso Nacional, com a votação expressiva de representantes da
ultradireita, do fundamentalismo, do corporativismo empresarial e
latifundiário, do ruralismo antirreforma agrária e violador dos direitos
indígenas, do patrimonialismo, do discurso de ódio à diversidade e aos
direitos humanos e do clientelismo dos currais eleitorais (...). Diante
da composição de forças políticas e sociais que se constituiu, com os
vínculos entusiasmados dos setores mais conservadores e retrógrados com a
candidatura tucana, e do retrocesso que isso pode representar, dentro
dos marcos aprovados pelo PSOL em Resolução divulgada em 8/10,
declaramos nosso voto em Dilma", diz o comunicado.
A posição dos deputados é diferente da que foi anunciada
por Luciana Genro, candidata à presidência pelo partido no primeiro
turno. Na quarta-feira, ela afirmou que não apoiaria Dilma nem Aécio Neves (PSDB), mas recomendou que os militantes e filiados não votem no tucano.
Confira a íntegra da carta dos deputados
1. Um pleito em 2º turno, quando nosso projeto partidário não está ali representado, é mais uma eleição do não do que do sim;
2. O PSOL vê com preocupação o avanço conservador no
Congresso Nacional, com a votação expressiva de representantes da
ultradireita, do fundamentalismo, do corporativismo empresarial e
latifundiário, do ruralismo antirreforma agrária e violador dos direitos
indígenas, do patrimonialismo, do discurso de ódio à diversidade e aos
direitos humanos e do clientelismo dos currais eleitorais;
3. No plano nacional, há uma divisão na sociedade,
com os setores mais à direita, do privatismo total, da corrupção
estrutural e sistêmica, de parte significativa da mídia grande e dos
avessos à participação popular alinhados com Aécio, isto é, com PSDB,
DEM, PTB, PSC; de outro, com as evidentes contradições do PT e do
governo Dilma, assemelhado aos tucanos até na continuidade da corrupção,
alinham-se movimentos, personalidades e partidos com viés mais
progressista;
4. Para nós, do PSOL, nossa missão principal nesta
disputa eleitoral encerrou-se no 1º turno, no qual, nos estados e no
país, com Luciana Genro, afirmamos nossas propostas programáticas
básicas e um novo modo de fazer campanha política, sem os aparatos
enganosos das candidaturas milionárias, prisioneiras de empreiteiras,
bancos, frigoríficos e mineradoras que as financiam;
5. Sem qualquer intenção de participação num
eventual novo governo ou de formar 'base de sustentação' a ele,
manteremos nossa condição de oposição programática de esquerda, seja
qual for o(a) presidente eleito(a), preservando assim, nossa posição
crítica, fiscalizadora e propositiva;
6. Diante da composição de forças políticas e
sociais que se constituiu, com os vínculos entusiasmados dos setores
mais conservadores e retrógrados com a candidatura tucana, e do
retrocesso que isso pode representar, dentro dos marcos aprovados pelo
PSOL em Resolução divulgada em 8/10, declaramos nosso voto em Dilma;
7. Seguiremos na luta, nas ruas, nas redes e nos
parlamentos, por Reforma Política com participação popular, por Reforma
Tributária que grave os mais ricos, por políticas de superação
estrutural da desigualdade social e inter-regional, pela auditoria da
dívida, pelo combate a todas as discriminações, por uma política externa
independente da hegemonia estadunidense e por um Brasil livre,
soberano, justo, igualitário e fraterno.