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TSE nega pedido do PT para retirar reportagem de revista
fonte: Portal Jovem pan
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou o pedido do PT para obrigar a editora Abril a retirar propaganda da revista Veja no Facebook. O anúncio traz a capa da edição desta semana, com as fotos de metade dos rostos de Dilma e Lula sobre um fundo preto.
Entre
as duas fotos, o texto diz: "Petrolão: Eles sabiam de tudo" sobre as
denúncias em delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Dilma
Rousseff, no horário gratuito do rádio, negou ter conhecimento de
qualquer malfeito na estatal e acusou a "Veja" de fazer "terrorismo
eleitoral".
"Não posso me calar frente a esse ato de 'terrorismo eleitoral'
articulado pela revista Veja e seus pareceiros ocultos. Uma atitude que
envergonha a imprensa e agride a nossa tradição democrática. Sem
apresentar nenhuma prova concreta e mais uma vez baseando-se em supostas
ações de pessoas do submundo do crime, a revista tenta envolver
diretamente a mim e ao presidente Lula os episódios da Petrobras que
estão sobre investigação da justiça".
Já o candidato tucano
Aécio Neve afirmou que Alberto Youssef falou em contexto de delação
premiada, que só tem valor se a denúncia é comprovada. Aécio diz que
pediu investigações da Procuradoria Geral da República especialmente
para suposta conta bancária do PT no exterior.
"Um dos
coordenadores da campanha do PT solicitava que fosse repatriado, que
retornasse ao Brasil 20 milhões de dólares para a atual campanha
eleitoral. Se comprovado isso, é a confirmação de que houve operação de
caixa dois na atual campanha presidencial do PT. Repito, é algo
extremamente grave que tem que ser confirmado, mas é preciso que seja
apurado".
Jurista e integrante do Linha de Frente Jovem Pan
salienta que se a denúncia for confirmada, Dilma Rousseff praticou
improbidade administrativa. Yves Gandra Martins explica, em tese, porque
a vitória da petista implicará em instauração de processo de
impeachment.
"Se o partido da previdência recebia 2% do número
de contas segundo o que a Veja apresenta, automaticamente nós
estaríamos com uma eleição que teria sido ganha, se ela vier a ganhar,
através de um partido político que apoiou e recebeu dinheiro da empresa
estatal que ela foi presidenta, ou seja, empresa dela, para que a
campanha fosse feita. A denúncia é muito grave e se chegar a ser provado
eu creio que vamos ter um processo de impeachment".
Professor
de ética da Unicamp afirma que um presidente da República revela
disfuncionalidade para o cargo quando diz desconhecer os fatos. Apesar
disso, Roberto Romano enfatiza que na outra ponta, a situação fica muito
mais grave quando um chefe de Executivo sabe que a corrupção existe.
"A
função do Presidente da República é saber, se ele nao sabe temos um
problema gravissímo". Roberto Romano acrescenta que se Dilma Rousseff
vencer, o País assistirá a um Poder Executivo sob investigação da
polícia, da Justiça e do Congresso.