CORREIO BRAZILIENSE
Política
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A decisão da ministra Dilma Rousseff de enfrentar publicamente o tratamento contra um linfoma deve beneficiar a campanha da “mãe do PAC”. A avaliação é de especialistas ouvidos pela reportagem, que também apontam questões negativas para a candidata de Luiz Inácio Lula da Silva. “Isso não é um fato neutro. Pode ser algo favorável. Os próprios partidos de oposição se manifestaram solidários a ela e isso repercute. Mas se a doença continuar se manifestando, isso também influencia”, argumenta o cientista político Otaciano Nogueira.
A divulgação de que a ministra se submeteu a uma cirurgia há três semanas para a retirada de um tumor de 2,5 cm pode sensibilizar o eleitorado, avaliam os especialistas. “Certamente as pessoas vão encará-la de um modo diferente. Ela sabe trabalhar com as emoções. Quando no Congresso perguntaram para ela se tinha mentido no regime militar ela se emocionou, chorou e deu uma resposta dura e justa ao parlamentar”, afirma o filósofo Roberto Romano, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele se refere a um depoimento da ministra no Congresso, realizado em maio do ano passado, em que o senador Agripino Maia (DEM-RN) insinuou que a Dilma poderia mentir novamente, como fez quando estava presa durante o regime militar. “Mentir na tortura não é fácil. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira”, disse a ministra.
Romano acredita que a notícia não será um fator político decisivo, mas pode trazer prejuízos para a candidatura de Dilma caso fragilize sua atuação na campanha eleitoral. “Ela vai ter que demonstrar uma energia imensa para viajar pelo Brasil.”
“É uma doença que preocupa a todos e solidariza as pessoas”, afirma o cientista político Antônio Flávio Testa. Mas sentimento pode ser alterado caso isso abale a certeza de alguém fisicamente preparado para assumir a Presidência. “Ela vai ter que fazer campanha e mostrar uma vitalidade que uma pessoa adoecida não consegue. É a vida real.” O impacto pode ser sentido ainda este ano, caso a ministra precise sair de cena para se dedicar ao tratamento. Essa é a opinião do cientista político Leonardo Barreto, professor da Universidade de Brasília. “A candidatura da ministra depende diretamente de ela se manter sob os holofotes.”
A divulgação de que a ministra se submeteu a uma cirurgia há três semanas para a retirada de um tumor de 2,5 cm pode sensibilizar o eleitorado, avaliam os especialistas. “Certamente as pessoas vão encará-la de um modo diferente. Ela sabe trabalhar com as emoções. Quando no Congresso perguntaram para ela se tinha mentido no regime militar ela se emocionou, chorou e deu uma resposta dura e justa ao parlamentar”, afirma o filósofo Roberto Romano, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele se refere a um depoimento da ministra no Congresso, realizado em maio do ano passado, em que o senador Agripino Maia (DEM-RN) insinuou que a Dilma poderia mentir novamente, como fez quando estava presa durante o regime militar. “Mentir na tortura não é fácil. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira”, disse a ministra.
Romano acredita que a notícia não será um fator político decisivo, mas pode trazer prejuízos para a candidatura de Dilma caso fragilize sua atuação na campanha eleitoral. “Ela vai ter que demonstrar uma energia imensa para viajar pelo Brasil.”
“É uma doença que preocupa a todos e solidariza as pessoas”, afirma o cientista político Antônio Flávio Testa. Mas sentimento pode ser alterado caso isso abale a certeza de alguém fisicamente preparado para assumir a Presidência. “Ela vai ter que fazer campanha e mostrar uma vitalidade que uma pessoa adoecida não consegue. É a vida real.” O impacto pode ser sentido ainda este ano, caso a ministra precise sair de cena para se dedicar ao tratamento. Essa é a opinião do cientista político Leonardo Barreto, professor da Universidade de Brasília. “A candidatura da ministra depende diretamente de ela se manter sob os holofotes.”