quarta-feira, 22 de abril de 2009

No Blog do Noblat. Quanto ao Senado, depois de 50 anos, cheguei à conclusão: fechem aquela joça!

Enviado por Ricardo Noblat -
22.4.2009
| 12h31m
Deu no Correio Braziliense

Farra das passagens chega ao Senado

Senadores admitem emitir bilhetes para “convidados” e usar milhas em viagens ao exterior

De Leandro Colon:

A crise gerada pela farra no uso das passagens aéreas na Câmara respinga cada vez mais no Senado. O senador Almeida Lima (PMDB-SE), presidente da Comissão de Orçamento, admitiu ao Correio que usou a milhagem acumulada com a cota de bilhetes da Casa para passear no exterior.

Segundo ele, foram viagens para França, Canadá e EUA nos últimos anos. “Eu uso o meu cartão fidelidade para mim ou minha mulher, da cota de passagens, pronto e acabou. Não tem problema nenhum, vou de primeira classe, em voo internacional, afirmou.

Como a pontuação das companhias aéreas é registrada em nome do passageiro, os parlamentares acabam se aproveitando disso e podem distribuir a familiares o benefício obtido com dinheiro público sem deixar rastros na contabilidade financeira do Congresso.

Para Almeida Lima, não há nenhum problema moral em usar uma pontuação adquirida com dinheiro público para viajar ao exterior. “E vou fazer o que dela? Deixar para a empresa aérea? Não vejo problema nenhum. Tenho mais de 200 mil pontos de viagens que faço entre Aracaju, Brasília e Rio de Janeiro. Não vou dar satisfação”, disse.

O senador afirma ainda que não há crise no Congresso sobre o tema. “Você recebe uma cota e não presta contas. A regra é clara. Não tem nada demais. A passagem é dele (parlamentar) e vai aparecer mesmo (viagem ao exterior). O Senado que mude a sistemática”, ressalta.

O senador Mão Santa (PMDB-PI), terceiro-secretário da Mesa Diretora, chegou ontem a convidar a reportagem para acompanhá-lo em palestra ao Mato Grosso com passagem paga pelo Senado. “Vou fazer uma palestra, posso até lhe convidar. A gente tem direito. De acordo com a lei, posso convidar um jornalista para um evento, desde que não ultrapasse a cota”, afirma. O convite foi recusado.