quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sobre a mentira dos que se dizem antisionistas, mas na verdade são antissemitas.

Sobre o "antissemitismo progressista", recordei um livro que me veio às mãos em data recente. Citarei apenas um trecho inicial do volume, pois vem muito a propósito para o "realismo" oportunista do atual governo brasileiro:

"No século 20, à era das massas corresponde a mentira de massa, a dos campos de concentração e do Gulag, cujo fim é o de perpetrar no silêncio da prisão, do trabalho forçado e da morte programada, os massacres coletivos que os Estados totalitários recobriram. Voluntária ou involuntária, DIPLOMÁTICA ou por OMISSÃO, a mentira conheceu numerosos travestimentos na história". Pierre Miquel, Les mensonges de l ´Histoire (Paris, Editions Perrin, 2007), p. 10.

A mentira, por ser lucrativa e servir a determinado país e governo, não perde sua essência: ela é engano, falsidade, fraude, etc. Aos interessados (e apenas a eles) indico o post abaixo, com o título de "Mentira e Razão de Estado". Aos "realistas" que julgam valer a pena retomar slogans do fascismo para agradar um parceiro comercial, estratégico, tecnológico, etc., vale apenas uma observação. Leiam o lúcido ensaio de Jean Paulo Sartre "O que é um colaborador". Alí o filósofo mostra que os cálculos realistas dos que ajudaram os serviçais de Hitler eram incompletos e, portanto, irrealistas. É o que ocorre com os indivíduos, grupos, partidos ou governos, por conta de petróleo, energia e fabricação nuclear, aderem a um poder obscurantista, inimigo dos direitos, reacionário.

RR