Em Portugal, não tão longe assim...
do Blog de Joana Lopes, Portugal
@Paulete Matos
Não é um perigoso esquerdista que o diz, mas sim Pedro Marques Lopes, hoje no DN. Ontem
à noite, no programa «Eixo do Mal», explicou o mesmo, qualificando
explicitamente o que o governo está a levar a cabo como uma «revolução»,
pelo cariz ideológico que está subjacente. O que cada vez é mais claro do que o céu em noite de lua cheia.
«Concentremo-nos apenas em alguns "pormenores" da mensagem de sexta-feira do primeiro-ministro ao País. (...)
Mas, calma, o Governo não está a ser ilógico, e vê o que todos vemos.
Passos Coelho e Paulo Portas não pensam que o desemprego vai diminuir
por as contribuições para a Segurança Social por parte das empresas
baixarem. Seria insultar a inteligência dos líderes responsáveis por
estas políticas achar que eles pensam que com uma economia em queda se
criam empregos. Também, de certeza absoluta, não pensam que as pequenas e
médias empresas vão ficar com uma tesouraria mais desafogada. Digamos
que são mentiras piedosas. Há um caminho, não pode ser dito em voz alta,
mas há um caminho definido: é preciso esmagar os salários, é
fundamental empobrecer violentamente, sobre todos, quem trabalha por
conta de outrem. O que é preciso é chegar a um limite em que cada um de
nós estará disposto a trabalhar dezoito horas por uma côdea. Para que
esse homem novo surja é preciso destruir a economia, criar ainda mais
desemprego, forçar mais empresas a falir (a taxa de IVA para a
restauração está a cumprir na íntegra a sua função, por exemplo) e
depois da destruição total da economia, como por milagre, tudo será
maravilhoso.»