11 octobre 2010
A propos des « dix stratégies de manipulation de masses » attribué à Noam Chomsky
Jean BRICMONT
Un texte intitulé « Les dix stratégies de manipulation de masses » (http://www.pressenza.com/npermalink/les-dix-strategies-de-ma...)
et attribué à Noam Chomsky circule abondamment sur le net ces jours-ci.
Par ailleurs, on voit déjà, en réponse à ce texte, des critiques de
Chomsky comme « adepte de la théorie du complot », dans la « grande »
presse (1).
Le 10ème principe reflète d’ailleurs bien les fantasmes, fréquents
dans l’extrême gauche, sur la connaissance que le « système » aurait de
l’individu moyen grâce à « la biologie, la neurobiologie, et la
psychologie appliquée », ce qui est très différent de ce que pense
Chomsky, qui sait que la connaissance (vraiment) scientifique de l’être
humain est extrêmement limitée.
Comme ce texte me semblait être une simplification et une déformation
de sa pensée, et que je ne trouvais pas son équivalent en anglais, je
lui ai posé la question, pour en avoir le coeur net. Voici sa réponse :
« Je n’ai aucune idée d’où cela vient. Je n’ai pas fait cette
compilation moi-même, je ne l’ai pas écrite ni mise sur le web. Je
suppose que celui qui l’a fait pourrait prétendre que ce sont des
interprétations de ce que j’ai écrit ici ou là mais certainement pas
sous cette forme ni en tant que liste. »
Le succès apparent de ce texte illustre bien la mauvaise
compréhension de la pensée de Chomsky à propos de la « manipulation », à
la fois chez certains de ses partisans et de ses adversaires. Lui et Ed
Herman, co-auteurs de La fabrique du consentement (ed. Agone,
2008) ne suggèrent jamais qu’il y a quelque part une organisation cachée
qui « manipule les masses ». Ils montrent qu’il existe un certain
nombre de filtres, liés à la propriété privée des médias, à nécessité de
la publicité, à l’action de groupes d’influence etc., qui ont pour
résultat que la vision du monde véhiculée par les médias est extrêmement
biaisée, mais tout cela fonctionne un peu comme l’idéologie chez Marx,
un processus sans sujet.
Curieusement, il est d’une certaine façon rassurant de penser qu’il
existe des manipulateurs conscients qui, parce qu’ils le dirigent,
savent au moins où va le monde. Malheureusement, il y a bien des
relations de pouvoir, des mensonges et des biais idéologiques, mais il
n’y a pas de pilote dans l’avion.
Jean Bricmont
(1) Par exemple, Thomas Gunzig, L’ordre et le chaos, Le Soir (Bruxelles), 6 octobre 2010 (http://archives.lesoir.be/%C7a-va-mal-finir-l-ordre-et-le-ch...)
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http://www.legrandsoir.info/a-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-noam-chomsky.html
http://www.legrandsoir.info/a-propos-des-dix-strategies-de-manipulation-de-masses-attribue-a-noam-chomsky.html
10 Estratégias de Manipulação Midiática
O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou uma lista das "10
estratégias de manipulação" através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que
consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e
das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a
técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de
informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente
indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos
conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da
psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do
público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por
temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado,
sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais"
(citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas').
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Este método também é chamado "problema-reação-solução". Cria-se um
problema, uma "situação" prevista para causar certa reação no público, a
fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer
aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a
violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o
público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da
liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como
um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento
dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la
gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira
que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram
impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo,
privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa,
salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que
haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só
vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de
apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação
pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um
sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o
esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a
massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá
melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá
mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de
aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso,
argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas
vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de
baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar
enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por
quê? Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12
anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com
certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um
sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um
curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos
indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite
abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar
idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir
comportamentos...
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os
métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. A qualidade da
educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e
medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira
entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e
permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e
inculto...
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTO-CULPABILIDADE
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria
desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas
capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o
sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera
um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua
ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm
gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas
possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à
neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um
conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como
psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo
comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na
maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder
sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos