quinta-feira, 12 de julho de 2012
Estudantes da UFRJ ocupam reitoria em apoio a servidores grevistas
Do portal IG:
Estudantes da UFRJ ocupam reitoria em apoio a servidores grevistas
Alunos pressionam a universidade para que o ponto dos grevistas não seja cortado pelo governo. Professores protestam por melhores salários
Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ocupam a
reitoria da instituição, em apoio aos servidores que estão em greve. O
objetivo dos alunos é pressionar a universidade para que o ponto dos
grevistas não seja cortado pelo governo.
Os estudantes fizeram uma vigília na reitoria na
noite de quarta-feira (11) e, neste momento, fazem um protesto no
local. Segundo Tadeu Alencar, que representa a UFRJ no Comando Nacional
de Greve Estudantil, os alunos devem também participar da reunião do
Conselho Universitário, que ocorre na manhã desta quinta-feira (12).
Enquanto isso, os professores da UFRJ devem protestar por melhores
condições salariais com intervenções artísticas em 12 monumentos do Rio
de Janeiro. Entre as ações previstas pelos grevistas estão a leitura de
poemas, apresentações musicais e performances perto de estátuas de
artistas como Carlos Drummond de Andrade e Noel Rosa.
Reitores vão esperar fim da greve para decidir sobre calendário
PARALISAÇÃO
Reitores vão esperar fim da greve para decidir sobre calendário acadêmico
Publicado em 12.07.201
Professores cruzaram os braços desde o dia 17 de maio por melhoria salarial e das condições de trabalho
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Do NE10
Os cerca de um milhão de alunos de 56 universidades, dois centros
tecnológicos e 34 institutos federais, cujos professores e
técnicos-administrativos estão em greve há quase dois meses, permanecem
ansiosos sobre os rumos do movimento com relação ao ano letivo. No
Estado, uma média de 64 mil estudantes continuam sem saber se o período
vai ser cancelado ou se vai retomar de onde foi paralisado. Essa
pergunta, no entanto, só deverá ser respondida quando o movimento chegar
ao fim.
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Para o vice-reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),
Marcelo Carneiro Leão, ainda não há previsão sobre as prováveis
alterações no calendário acadêmico. Segundo ele, a instituição deverá
sentar com professores e técnicos para negociar o posicionamento da
universidade depois da greve. "Qualquer modificação [do calendário],
porém, deverá passar pelo Conselho Superior, formado por professores,
técnicos e alunos", garante.
O reitor da Univesidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro, também
não trouxe novidades com relação à posição da UFPE. "Ele ainda não
passou nenhum posicionamento oficial", informou a assessoria de
comunicação da universidade.
Além da UFPE e UFRPE, que juntas agregam cerca de 50 mil alunos, também
aderiram à greve professores e técnicos-administrativos dos campus
Recife, Caruaru, Vitória de Santo Antão e Ipojuca do Instituto Federal
de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), que possui um
total aproximado de 9 mil alunos, e Universidade Federal do Vale do São
Francisco (Univasf), a qual reúne 5 mil discentes, incluindo os de
Juazeiro e Senhor do Bonfim, na Bahia. Profissionais do Instituto
Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão) fizeram mobilização e
paralisação de um dia ou dois, mas não aderiram ao movimento.
A categoria reivindica uma carreira única com incorporação das
gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre os
níveis, além de melhores condições de trabalho.
NACIONAL - A
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes) decidiu em reunião do Conselho Pleno, nessa
terça-feira (10), que vai solicitar uma audiência com o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, e com a ministra do Planejamento, Miriam
Belchior, para buscar celeridade nas negociações entre governo e
sindicatos dos trabalhadores em greve.
Com relação à necessidade de suspensão do calendário acadêmico, ficou
entendido pela Andifes que "cada universidade tratará o assunto de forma
individual, respeitando a autonomia das instituições".