sábado, 14 de julho de 2012
Universidades federais não aprovam a proposta do governo
Do portal Costa Norte:
Universidades federais não aprovam a proposta do governo
Os
representantes das instituições federais de ensino ficaram
insatisfeitos com a proposta apresentada nesta sexta (13), pelo governo.
Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino
Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não atende
às reivindicações da categoria.
“A proposta do jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é a reestruturação da carreira, considerando uma carreira atrativa para todos os níveis. Do jeito que está não contempla desde o professor graduado até o professor com doutorado. Atende apenas a uma minoria”, reclamou.
“A proposta do jeito que está não contempla nossas reivindicações, que é a reestruturação da carreira, considerando uma carreira atrativa para todos os níveis. Do jeito que está não contempla desde o professor graduado até o professor com doutorado. Atende apenas a uma minoria”, reclamou.
Para
Marinalva, a proposta beneficia um percentual pequeno dos docentes
universitários. “A tabela mostra a desestruturação da categoria, que
atinge poucos professores. Seria beneficiado quem está no topo da
carreira. Quem está na base continua com dificuldade de progressão
salarial”, disse.
A próxima reunião entre representantes da categoria grevista e do governo federalestá
agendada para dia 23 de julho. Até lá, a greve, que já dura 57 dias,
continua. Segundo dados da Associação Nacional dos Docentes do Ensino
Superior (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a paralisação
atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos
federais de educação tecnológica.
“Hoje
estamos com quase 100% da base em greve. Vamos levar a proposta às
nossas bases, realizar assembleias para que retornemos ao governo com
nossa contraproposta. Esperamos que o diálogo possa acontecer”, disse. O
mesmo vai ocorrer entre os grevistas do Sinasefe, que também se
demonstraram “frustrado” após a reunião.
“A
proposta deixa a gente muito frustrado, não discute a precarização da
educação brasileira e não apresenta nada aos técnicos administrativos.
Estamos muito insatisfeitos, vamos desenvolver o trabalho democrático de
ir para as bases com a proposta e discutir com a nossa categoria, para
dar retorno ao governo e dizer o que não nos agrada nessa proposta”,
disse o coordenador-geral do Sinasefe, Davi Lobão.
Para
o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro
Lins, a aceitação da proposta do governo pelos grevistas é apenas
questão de tempo. “Acredito que quando as propostas forem analisadas,
(os professores) vão reconhecer que esse foi um dos maiores avanços que
tivemos até hoje em termos de carreira do docente. Estou convencido que
eles vão gostar da proposta e propor imediatamente o retorno das
atividades do ano letivo e garantir que estudantes não tenham prejuízo”,
declarou aos jornalistas.
Fonte: Agência Brasil