quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sobre a imortalidade brasílica, ou um país dos puxa saco.

A entrada de certos indivíduos em Academias de Letras precisa ser analisada com matizes. O escolhido nem sempre tem a culpa total pelo fato. Ele é vaidoso, claro. E poderoso, claro. E tolo, claro. E ignorante escrivalhão, claro. Ele é ridículo, evidente. Mas Getulio Vargas, por exemplo, embora ostentasse todos os defeitos acima (e mais os claros...) fez alguma coisa pela industrialização do país, abrindo as trilhas da economia para a modernidade. Talvez este ponto ajude a atenuar um pouco a nódoa de sua ditadura sanguinária e populista, bem próxima do modelo nazista e mussoliniano. Existe um dono do Maranhão (e agora, co-proprietário do Brasil) cuja "escrita" é rasa, quebrada, mole e sem nervos. E foi presidente da terra, mas terminou seu mandato (não era seu, era de outro) com a maior inflação da história pátria, com a "novidade" corrupta do centrão (é dando que se recebe...) e outras coisas mais, inclusive sua autoridade reduzida a zero, insultado por Lula e Collor, os dois amigos de hoje.

Insisto: os indicados e preferidos podem ser vistos de muitos modos, todos hilariantes, desde que esqueçamos a tragédia que impuseram à sociedade.

Agora, abjetos mesmo são os que neles votaram, com suma demonstração de servilismo, idiotia parasitária, troca de favores e obtusidade máxima. Letras? Vale para os puxa saco o mote medieval: em terra em que os governantes são iletrados, todos os tratam como asnos coroados. A próxima vaga na Academia Brasileira de Letras, todos sabemos, será garantida para o Grande Apedeuta. RR