terça-feira, 27 de abril de 2010

It´s about nothing...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Faço minhas as palavras já ditas por Regina Duarte: "Eu tenho medo".

Ok! Diverti-me à beça com as sugestões de montagem para a campanha de Dilma Rousseff. A coisa foi tão tosca que não deu para tratar este assunto com a seriedade com que ele deveria, é um pouco do espírito “Always look on the bright side of life”, mesmo neste mar de lama em que estamos atolados, a música cantada por Erik Idle, algumas vezes, martela em minha cabeça. Entretanto, isto faz com que me sinta como uma hiena, na realidade não é o momento para piadas, creio que este seja um dos grandes problemas, ás vezes, nos atemos em demasia na piada e coisa morre com ela.
Passamos do nível do aceitável faz tempo em matéria de honestidade e seriedade na vida pública nacional, e isto não fica restrito aos políticos é uma doença que corroí as entranhas de nossa sociedade. O Partido dos Trabalhadores e seus membros aplicam a lei de Gerson elevada a milésima potência. Lula e companheirada se safaram de todas e enganam o povo por muito tempo com a conivência de órgãos de imprensa, oposição e órgãos judiciais (seja por quem compactua ou se vendeu ao partido ou simplesmente por quem ficou anestesiado e não age com a devida contundência) com as mentiras de que a economia está ótima, o crescimento do país é maravilhoso e que “somos” a futura maior potência do planeta. Sem mencionar a mentira repetida ad nauseam que Lula é mais popular e adorado que biscoito recheado, com as tais pesquisas de aprovação.
Penso que leniência com tudo (corrupção, violência, má educação e ineficiência) deve-se ao fato de, em sua maioria, a população brasileira se contentar com pouco. É como aquela piada em que o sujeito que vive em uma casa pequena com sua família e precisa acolher parentes para morar em sua casa, descontente e não suportando mais a situação vai se aconselhar com um sábio (rabino, monge zen, padre, bonzo – depende de onde a anedota é contada, já a ouvi com todos estes) que lhe aconselha a comprar alguns animais: duas cabras, quatro galinhas e uma vaca e diz para colocar os animais dentro de casa. O homem indignado protesta e diz que isto vai piorar o seu problema, mas o sábio insiste e diz para que ele confie em suas palavras. Relutante e sem muitas alternativas, o homem segue o conselho, mas depois de um mês ele volta para falar com o sábio. Obviamente reclama que a situação em sua casa piorou em demasia, além de ter um espaço menor, dividindo o teto com familiares e animais, o mau cheiro dos animais também o incomoda. O sábio diz: pois, bem pode se livrar dos animais. Assim o homem o faz, depois de um mês ele retorna ao sábio e o agradece. Obrigado, agora está muito confortável viver em minha casa.
A tolerância de grande parte de nossa população a situação atual do Brasil é semelhante a da anedota acima, o cenário não é bom, mas é melhor do que chegar ao extremo. Porém creio que já vivemos no extremo. A campanha de Rousseff (que nem começou oficialmente ainda) já apresentou peças que mostram que o PT e o governo estão dispostos a tudo para levar seu plano adiante. Se nem o constrangimento de se apropriar da foto de outra pessoa para que esta se passe por Dilma os detém, o que os deterá? Se nem neste caso há uma desculpa pelo embuste, onde haverá um reconhecimento do erro?
Dilma e quem a cerca são famosos por preparar embustes para vitaminar a própria biografia, afinal até títulos de mestrado e doutorado falsos foram atribuídos ao curriculum da ex-ministra, sem que o desmentido público destes títulos tenham encabulado Dilma.
Por parte do PT há misto de arrogância, prepotência e o que gosto de chamar de síndrome de Yoggi Bear (Zé Colméia) onde todos acreditam que são “os ursos mais espertos do parque Yellowstone”. Esta natureza deriva da raiz cultural do próprio povo brasileiro que também acredita piamente possuir tais poderes, a malandragem e o desejo inerente de burlar as regras traduzidos no maldito “jeitinho”. Do outro lado há uma inércia e uma letargia que só pode ser explicada pela anedota escrita anteriormente.
Mais uma vez expresso o meu recorrente temor pela lisura deste pleito, as urnas eletrônicas são frágeis a adulteração e temos um partido que não se acanha de usar a máquina, seus militantes e todos os recursos ilícitos para chegar ao seu objetivo. Para quem já fraudou eleições de diretórios com votos de falecidos, pode muito bem fazer o mesmo em uma eleição nacional. Para quem nega descaradamente evidências, forja documentos, títulos e fotos, forjar um voto não é nada demais.