Polícia vai abrir inquérito para investigar homofobia na Faculdade de Farmácia da USP
Plantão | Publicada em 25/04/2010 às 12h42m
SÃO PAULO - A Polícia Civil de São Paulo vai abrir inquérito para investigar a divulgação de texto que evidencia homofobia por alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo. A Defensoria Pública quer que seja identificado o autor do texto, assinado com pseudônimo, para que ele seja punido. Uma cópia já está com o Núcleo de Combate à Discriminação, da Secretaria da Justiça.
'O Parasita', um jornal dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) publicou um texto em que incita estudantes a jogarem "fezes" em gays e oferece um convite para uma 'festa brega'.
A promoção homofóbica provocou polêmica e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo vai denunciar o periódico à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo. Homofobia não é crime, por isso é apurado por essa comissão. É um processo administrativo que pode render uma advertência ou uma multa mínima, no valor de R$ 15 mil, se os acusados forem considerados culpados. O valor é destinado para fundos de políticas para diversidade sexual.
A faculdade de Farmácia da USP informou em nota oficial divulgada em sua página na internet que: "A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) não tem conhecimento nem apóia essa publicação, inclusive desconhece os seus autores. A Faculdade tomará as medidas jurídicas cabíveis para reprimir este tipo de publicação".
O diretor do Centro Acadêmico, Marcelo Akutagawa diz que não sabe quem foi o autor do texto, mas diz que ele prejudica a imagem dos alunos e da faculdade.