quarta-feira, 21 de abril de 2010
Inimigos da Esperança ...
Veja os trechos do livro:
O sistema de publicações universitárias está crivado de problemas semelhantes aos de diversas outras valiosas formas norte-americanas de comunicação, como o serviço postal (malas-diretas), o sistema de telefonia (telemarketing) e ocorreio eletrônico (spam). Essses abusos do sistema nos deixam relutantes em atender o telefone, abrir nosso e-mail ou examinar um novo livro. É claro que não podemos fechar o sistema postal e o dos telefones, e não podemos fechar o sistema de publicações acadêmicas. Precisamos reformá-los. [...]
A ideia é a seguinte:
Nós não lemos o que escrevemos, não lemos o que nossos colegas publicam, não temos preocupação com o conteúdo, mas com a quantidade. As avaliações universitárias lêem o número de artigos, mas não o que dizem os artigos de seus professores.
Como fica, então, a erudição? As universidades norte-americanas fazem contabilidade acadêmica. Livros e artigos são "produtos", no ritmo da produção fordista. Mas, a pergunta que não quer calar: o quem estão escrevendo? Ano passado em uma disciplina de Metodologia de Pesquisa meus alunos analisaram artigos de revistas especializadas de nossa área. Que furdunço! Começa pela parca erudição, passa pelo português mal escrito, termina em grandes confusões. Também em 2009 vi um livro publicado sobre Dewey. Nossa! Que cinismo. Um mestrando em educação escreveu palavras duras; um panfleto antiintelectual contra Dewey. Uma m* completa e está nas bancas da academia. C´est ça.
Como fica, então, a erudição? As universidades norte-americanas fazem contabilidade acadêmica. Livros e artigos são "produtos", no ritmo da produção fordista. Mas, a pergunta que não quer calar: o quem estão escrevendo? Ano passado em uma disciplina de Metodologia de Pesquisa meus alunos analisaram artigos de revistas especializadas de nossa área. Que furdunço! Começa pela parca erudição, passa pelo português mal escrito, termina em grandes confusões. Também em 2009 vi um livro publicado sobre Dewey. Nossa! Que cinismo. Um mestrando em educação escreveu palavras duras; um panfleto antiintelectual contra Dewey. Uma m* completa e está nas bancas da academia. C´est ça.