sábado, 28 de março de 2009

Zero Hora, Porto Alegre, enviado por Paulo Araújo, que também comenta o horror!

Religião | 26/03/2009 | 11h22min

Dom Dadeus Grings condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias em entrevista - Fernando Gomes, Banco de Dados ZH

Dom Dadeus Grings condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias em entrevista
Foto:Fernando Gomes, Banco de Dados ZH

Arcebispo de Porto Alegre faz declaração polêmica sobre Holocausto

Líder religioso também defendeu o celibato e condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias

Atualizada às 17h51min

O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, fez uma afirmação polêmica em entrevista à revista Press. Segundo ele, "morreram mais católicos do que judeus no Holocausto, mas isso não aparece porque os judeus têm a propaganda do mundo".

Na entrevista, o arcebispo também defende o celibato, condena as pesquisas de células-tronco embrionárias e a distribuição de camisinhas pelo governo e defende a neutralidade da Igreja durante o período militar no Brasil e durante a II Guerra Mundial.


Outra declaração polêmica é referente ao comentarista de futebol da Rede Globo, Paulo Roberto Falcão. Dom Dadeus, que estava no Vaticano na época em que o ex-jogador era considerado o Rei de Roma, afirma que Falcão "fez um fiasco e foi expulso da Roma" por não cumprir o contrato com o clube italiano. Falcão foi procurado por zerohora.com e não quis comentar o caso.

Comentários

josé

Denuncie este comentário27/03/2009 16:45

"Não falei nada contra eles" . Ainda bem, senão seria crucificado.


J. B. Ziegler -

Denuncie este comentário27/03/2009 16:07

Uma pequena lida no AT, verá relatos Judaicos, que deus autoriza o exterminio de Hititas, Canaanitas, Filisteus, entre outros tantos. Depois que viraram vidraça, fazem um alarde que vai se perpetuar pelos próximos milenios. Não se deve contar por etnia, e sim por humanos mortos. Todos perderam com essa guerra. E vamos continuar perdendo mais e mais com idéias estupidas como essa, e semelhantes a essa. Olhem para o Sudão, a Palestina, os Balcãs, Chechênia, Georgia... Pessoas morrendo de fome...

Dom Dadeus Grings condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias em entrevista - Fernando Gomes, Banco de Dados ZH

Dom Dadeus Grings condenou as pesquisas de células-tronco embrionárias em entrevista
Foto:Fernando Gomes, Banco de Dados ZH

Press & Advertising 119




Edição 119

Entrevista com
Dom Dadeus Grings


  • “Não falei nada contra eles”, afirma Dom Dadeus sobre polêmica com os judeus.

    27 mar 2009 | Categoria: Diversas
    Repórter: Taty Codu


    O arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, criou polêmica nesta semana ao afirmar à Press & Advertising, revista sobre imprensa e publicidade no Estado, que os católicos e ciganos foram mais sacrificados que os judeus na II Guerra Mundial, “mas isso não aparece porque os judeus têm a propaganda do mundo”. A Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs) divulgou nota repudiando as declarações.

    Clique aqui e confira a matéria com as afirmações de Dom Dadeus Grings
    No começo da tarde desta quinta-feira, o prelado concedeu entrevista a Zero Hora:

    Zero Hora – Sua entrevista causou muito desconforto. O senhor não imaginava que isso ocorreria?
    Dom Dadeus Grings –
    Eu não falei contra o Holocausto, pelo contrário, acho que os judeus fazem muito bem em lembrar as suas vítimas. É justo. Sofreram uma dor terrível. O que não acho justo é que se esqueçam todos os demais. Os ciganos foram dizimados, os homossexuais, e não se fala nada. A União Soviética, em 70 anos de domínio, matou 110 milhões de pessoas, isso não se pode esquecer. Em defesa de um grupo, esquecer os demais, não me parece muito justo. Não estou diminuindo a lembrança que os judeus fazem com muita garra. Mas temos de lembrar também dos demais. Ninguém fala quase da tragédia do marxismo. No nazismo, foram 26 milhões de vítimas.

    ZH – Para ressaltar as outras vítimas é necessário fazer comparações com o Holocausto, já que é um assunto…
    Dom Dadeus –
    Não, não, os judeus, com muita razão, prezam e homenageiam os seus mortos. Mas nós não podemos omitir os nossos.

    ZH – Mas os judeus foram mortos por serem judeus…
    Dom Dadeus –
    E os cristãos, por serem cristãos. Na Iugoslávia, se alguém fizesse um batizado, era morto. Então, também temos de denunciar com muita clareza que os regimes totalitários que fazem prevalecer ideias sobre a vida são sempre muito prejudiciais à humanidade.

    ZH – O senhor acha que foi mal interpretado?
    Dom Dadeus –
    Acho que sim, eu não falei nada contra eles.

    ZH – Em 2003, o senhor já havia dito que haviam morrido 1 milhão de judeus, não 6 milhões.
    Dom Dadeus –
    Em 2003, republicaram um artigo que era de 1990 e poucos. Reeditaram aqui.

    ZH – Mas o senhor escreveu…
    Dom Dadeus –
    Quando publicaram aqui em Porto Alegre é que repercutiu.

    ZH – Isso não pode estremecer as relações inter-religiosas?
    Dom Dadeus –
    Não, pelo contrário, até é bom para esclarecer os pontos.

    fonte: ZEROHORA.COM

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Luis Milman, professor da UFRGS, escreveu um post certeiro sobre o caso. Ele lembra que o o Bispo é contumaz e que em 2003 já dissera o mesmo, mas com mais riqueza de detalhes. Tudo registrado em livro publicado pelo professor em 2004.

Ele pegou a coisa por aqui:

"Soube das declarações de Dom Dadeus por Zero Hora, edição de quinta-feira, 26 de março, mais especificamente por uma nota da jornalista Rosane Oliveira. Não gostei da nota, porque a jornalista afirmava que as declarações do arcebispo tinham a marca da polêmica. Questionei a jornalista, por e-mail, sobre a tal polêmica que, obviamente, só existe para quem é antissemita, uma vez que o Holocausto, como fato histórico, é indisputável. O termo polêmica foi empregado de modo inaproporiado"

"O caso de Dadeus é mais grave, porque Williamson não possuia uma diocese particular. Dadeus, um catojudeófobo típico, fala na condição de Arcebispo de Porto Alegre, de forma reincidente, sem que se saiba de qualquer admoestação do Vaticano. Cara-de-pau, ele aparece novamente na edição de sábado, 27 de março, sem fazer ressalva alguma sobre suas declarações, sem mostrar arrependimento; sem, é claro, admitir que aquilo que disse é uma farsa ideológica, montada por neonazistas e negacionistas para assassinar a memória do Holocausto - assassinar a memória é uma expressão cunhada pelo historiador Pierre Vidal-Naquet."

E também sobra para os "líderes judeus"

"Na mesma edição de Zero Hora, lê-se declarações de "líderes judeus" sobre a manifestação de Dadeus. São patéticas. Não citarei os nomes desses "líderes", mas registro: são cheias-de-dedos e nenhum deles chama Dadeus de antissemita".

http://luismilman.blogspot.com/2009/03/arcebispo-de-porto-alegre-e.html

Como diz Mateus, que seja o vosso falar sim, sim; Não, não. Pois o que está além disso tem procedência maligna.

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E o post inteiro de Milmam:

Sexta-feira, 27 de Março de 2009

Arcebispo de Porto Alegre é negacionista
Surpreeendem-se apenas aqueles que não conhecem. As declarações recentes do Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, sobre o Holocausto, à Revista Press, segundo as quais (a) mais católicos do que judeus morreram vitimados pelos nazistas e (b) tal fato não é devidamente destacado porque os judeus possuem a propaganda, são recidivas. Em 2003, esse prelado havia escrito o mesmo, no site www.portaldocatolico.com.br, com mais riquezas de detalhes: segundo a autoridade da Igreja -um arcebispo é uma autoridade eclesiática, até prova em contrário- afirmou que apenas um milhão de judeus haviam sido vitimados no Holocausto, que o número de 6 milhões era "ideológico" e que o nazismo havia tirado a vida de 22 milhões de pessoas, a maioria de católicos. "E se fossem 6 milhões?", perguntava então o Arcebispo de Porto Alegre. "O que são 6 dentro de 22 milhões?" Há outras indecências no artigo deste prelado judeófobo sobre o Holocausto e os judeus. Eu as registrei no livro que organizei - Ensaios sobre o Antissemismo contemporâneo, Editora Sulina, Porto Alegre, 2004-, mas não as reproduzirei aqui. Passo para outro ponto.

Soube das declarações de Dom Dadeus por Zero Hora, edição de quinta-feira, 26 de março, mais especificamente por uma nota da jornalista Rosane Oliveira. Não gostei da nota, porque a jornalista afirmava que as declarações do arcebispo tinham a marca da polêmica. Questionei a jornalista, por e-mail, sobre a tal polêmica que, obviamente, só existe para quem é antissemita, uma vez que o Holocausto, como fato histórico, é indisputável. O termo polêmica foi empregado de modo inaproporiado. A jornalista respondeu-me dizendo que fui ofensivo no meu e-mail e que estava se referindo à repercussão das declarações do prelado. Ato contínuo, telefonei a ela e disse que não a tinha por antissemita e que minha manifestação, com respeito ao que ela escreveu, era crítica. Afinal, repeti que polêmica há sobre fatos controversos e o Holocausto é incontroverso. Ou ainda, sobre fatos incontroversos que despertam opiniões controversas. Não é o caso do que afirmou Dom Dadeus. Ele é um antissemita mentiroso contumaz, que nega o Holocausto. Como Richard Williamson, o bispo inglês reabilitado pelo Papa Bento XVI recentemente e, devido a suas declarações iguais às de Dom Dadeus, forçado a pedir desculpas e ainda expulso da Argentina.

O caso de Dadeus é mais grave, porque Williamson não possuia uma diocese particular. Dadeus, um catojudeófobo típico, fala na condição de Arcebispo de Porto Alegre, de forma reincidente, sem que se saiba de qualquer admoestação do Vaticano. Cara-de-pau, ele aparece novamente na edição de sábado, 27 de março, sem fazer ressalva alguma sobre suas declarações, sem mostrar arrependimento; sem, é claro, admitir que aquilo que disse é uma farsa ideológica, montada por neonazistas e negacionistas para assassinar a memória do Holocausto - assassinar a memória é uma expressão cunhada pelo historiador Pierre Vidal-Naquet.

Na mesma edição de Zero Hora, lê-se declarações de "líderes judeus" sobre a manifestação de Dadeus. São patéticas. Não citarei os nomes desses "líderes", mas registro: são cheias-de-dedos e nenhum deles chama Dadeus de antissemita. Um deles - o "líder" religioso da Sibra- ainda diz que Dadeus é seu "colega". Colega em quê? Já o termo expressa, no caso, uma disfunção de interpretação. Judeus e católicos podem dialogar, mas não são colegas. Colegas os católicos são de católicos, judeus de judeus, muçulmanos de muçulmanos e por aí vai. Mais ainda: se Dadeus é um antissemita, como de fato é e faz questão de comprovar - enfatizo, desde 2003-, aparece agora, depois da comprovação, uma declaração de um "líder" judeu que o chama de colega? Hoje! Mas assim não dá. O camarada se considerar líder de uma organização judaica, vá lá. Mas, nessa condição, chamar Dadeus de colega, porque toma cafezinho com o arcebispo negacionista, creio naqueles diálogos interreligiosos, é outra coisa. Flerta com um inimigo conhecido e desavergonhado. Só em havendo respeito recíproco é que se pode pensar em diálogo - não em coleguismo, isso é uma firula politicamente correta- seja interreligioso ou de qualquer outro tipo. Além do mais, Dadeus não merece respeito algum. A ele convém repúdio e condenação veementes, porque o catojudeófobo fala dos judeus de forma ofensiva. Que se dane se é bispo. Como os aiatollas iranianos, ele nega o Holocausto. Envergonha, assim, os católicos. Cabe às lideranças judaicas brasileiras não se contentarem com declarações fajutas de protesto, mas enviar uma carta ao Vaticano exigindo que a Santa Sé se pronuncie sobre mais esse episódio de antissemitismo e que esse Dadeus seja obrigado a se retratar, em respeito a memória dos milhões de mortos judeus no Holocausto. Mulheres, crianças, homens, velhos e velhas, assassinados porque eram judeus.