Livro vai mostrar as aves que vivem no campus da Unicamp
22/05/2012 - 16:10
22/05/2012 - 16:10
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Pesquisadores do Laboratório de Bioacústica, do Departamento de
Biologia Animal do IB, estão preparando o livro Aves do Campus da
Unicamp e Arredores, contendo informações, imagens e sons de mais de 150
espécies que vivem na área, concretizando uma ideia que era guardada há
mais de 20 anos. Estão previstos três mil exemplares e o lançamento em
outubro, quando se celebra o Dia da Ave e também a fundação da
Universidade. A obra, que terá cerca de 300 páginas, é assinada por seis
autores: Milena Corbo, Arthur Macarrão, Giulia B. D’Angelo, Carlos
Henrique Almeida, Wesley Rodrigues Silva e Ivan Sazima.
Segundo a pesquisadora Milena Corbo, o livro terá duas partes, a primeira de pranchas com fotos das aves e informações como nome popular e nome científico, tamanho, dicas para identificação, dimorfismo sexual (diferenças entre macho e fêmea), habitats (aquático, matas, áreas abertas) e alimentação. “A outra parte é de história natural, um diferencial que este livro traz, além de um CD com cerda de 80 sons e chamados produzidos pelas aves e reunidos junto a autores, colaboradores e Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard.”
Entre as pranchas publicadas no livro, o leitor vai saber que o irerê (Dendrocygna viduata) mede 44 centímetros e não apresenta dimorfismo sexual, e que o tucano-toco ou tucunaçu (Ramphastos toco) não inclui apenas frutos, mas também ovos e filhotes de aves na alimentação. E, na parte de história natural, que o filhote de coruja-buraqueira (Athene cunicularia) brinca destroçando pedaços de pau ao mesmo tempo em que treina como manipular futuras presas, enquanto o socozinho (Butorides striata) não come o pão jogado por visitantes do Parque Ecológico, mas utiliza pedaços dele para atrair peixes na lagoa.
Segundo a pesquisadora Milena Corbo, o livro terá duas partes, a primeira de pranchas com fotos das aves e informações como nome popular e nome científico, tamanho, dicas para identificação, dimorfismo sexual (diferenças entre macho e fêmea), habitats (aquático, matas, áreas abertas) e alimentação. “A outra parte é de história natural, um diferencial que este livro traz, além de um CD com cerda de 80 sons e chamados produzidos pelas aves e reunidos junto a autores, colaboradores e Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard.”
Entre as pranchas publicadas no livro, o leitor vai saber que o irerê (Dendrocygna viduata) mede 44 centímetros e não apresenta dimorfismo sexual, e que o tucano-toco ou tucunaçu (Ramphastos toco) não inclui apenas frutos, mas também ovos e filhotes de aves na alimentação. E, na parte de história natural, que o filhote de coruja-buraqueira (Athene cunicularia) brinca destroçando pedaços de pau ao mesmo tempo em que treina como manipular futuras presas, enquanto o socozinho (Butorides striata) não come o pão jogado por visitantes do Parque Ecológico, mas utiliza pedaços dele para atrair peixes na lagoa.
Ivan Sazima recorda que outras universidades produziram guias de aves em seus campi, como a USP (a pioneira, com ilustrações em aquarela ou guaches) e a Unesp de Rio Claro. “Os outros guias, em geral, identificam as aves e, por vezes, abordam ninho, filhotes e ovos. Mas não existe livro como este, que traz a história natural, mostrando o quê comem, como comem, como fazem o ninho ou cortejam seu par, como cuidam das penas, enfim, o dia-a-dia das aves. Vamos ser pioneiros nisso.”
O professor do IB concorda com a observação de que vem aumentando a quantidade de aves no campus da Unicamp, o que significa que continuam perdendo terreno em seu ambiente natural. “E elas estão se dando bem. O recado que queremos dar com este livro é que o campus e os arredores servem de refúgio para a fauna silvestre, que aqui se alimenta e cria seus filhotes. A comunidade entende que não deve perturbá-las e a Universidade pode contribuir plantando árvores frutíferas e preservando o que já existe, como os ninhos de corujas-buraqueiras que estão por todos os pontos.”