segunda-feira, 28 de maio de 2012

Li direito? Ou li " direita". Diz um marxista que " o imperialismo e o patamar mais elevado do capitalismo"... Aqui, unem-se capitalismo e....shame on you, ex-querda.


Planalto monta na surdina uma ‘Casa Civil do B’



A pretexto de azeitar os dentes da engrenagem administrativa, a Presidência da República abriu suas portas e os dados dos principais programas do governo para um dos maiores escritórios de consultoria do mundo, o norte-americano McKinsey & Company. Os consultores ocupam duas salas –102 e 103— do edifício anexo do Planalto. O espaço foi apelidado de ‘Casa Civil do B’.
O repórter Iuri Dantas conta que o custo da empreitada foi estimado em R$ 7 milhoes. Dilma não autorizou o uso de verba pública. Mas aceitou que a conta fosse paga por uma entidade chamada MBC (Movimento Brasil Competititivo). É mantido por empresas privadas e estatais.
Pingam verbas no MBC logomarcas como Adidas, Gerdau, General Eletric, IBM, Microsoft, Vale, Embraer, Fiat e Ford. Contribuem também Infraero, Petrobras, Eletrobrás e Banco do Brasil. Participam, de resto, entidades paraestatais –Sebrae, Firjan e Fiemg, por exemplo.
Deve-se a contratação e a escolha da forma de pagamento a sugestões feitas pela Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade. Trata-se de um órgão consultivo criado sob Dilma. Integram-no nomões do empresariado –Abílio Diniz, por exemplo. Coordena-o outro figurão da iniciativa privada: Jorge Gerdau.
Habituados à rotina de seus negócios, tentam sugerir fórmulas e métodos que elevem a eficiência da administração pública. Fazem críticas tão contundentes ao Estado que não conseguem mais acreditar nele. Aparentemente, acham que, para resolver, só mesmo com consultoria externa.
A turma da McKinsey & Company opera em segredo desde outubro do ano passado. Percorre os caminhos decisórios do governo a procura de falhas. Aplica questionários, acessa dados e aciona autoridades.
No oficial, alega-se que informações estratégicas não são apalpadas. No paralelo, admite-se que esse tipo de controle inexiste. Diz-se que a firma de consultoria, presa a compromissos de confidencialidade, costuma guardar segredos. Pode ser. Mas o risco de esbarrões no conflito de interesses parece evidente.