Campanha acirrada marca segundo turno em Campinas
Valéria Hein, segunda-feira, 29 out 2012 11:06
Com 57,69% dos votos válidos, Jonas
Donizette, do PSB, se elege o próximo Prefeito de Campinas, após uma
campanha acirrada no segundo turno, travada com o adversário Márcio
Pochmann, do PT, que teve 42,31% dos votos válidos. O candidato do PT,
que começou com 1% das intenções de votos nas pesquisas, viu sua
candidatura decolar chegando a encostar no candidato do PSB , com 39% ,
contra 45% do adversário. Mas, às vésperas das eleições do segundo
turno, a pesquisa IBOPE/EPTV apontava uma queda do candidato Pochmann,
abrindo uma diferença desfavorável de quase 20% em relação ao primeiro
colocado, Jonas Donizette. Números que acabaram se confirmando nas
urnas.
Na análise do professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto
Romano, essa freada no crescimento da candidatura de Márcio Pochmann
pode estar relacionada a estratégia de ataque utilizada no final da
campanha. Para Romano, usar uma lei de Jonas de 1997, que autoriza o
trabalho infantil em feiras como estratégia de ataque não
funcionou. Romano lembra que o tom de ataque da campanha do segundo
turno não foi privilégio do PT. Para ele, o candidato do PSB também foi
oportunista ao utilizar como marketing político a denúncia de corrupção
na Prefeitura de Campinas em 2011, envolvendo o PT. Romano acredita que a
população deveria ter mais controle do processo eleitoral.
Jonas Donizette teve 315 mil 488 votos. Enquanto Pochmann teve 231
mil 420 votos. O número de abstenções foi de 166 mil 284 eleitores. Além
de 3,59% de votos brancos e 8,06% de nulos.