terça-feira, 11 de junho de 2013
Grécia
COMUNICADO Nº 21/13
SOMOS TODOS GREGOS
O Governo grego anunciou hoje, de forma fulminante e sem aviso prévio, que a partir da meia noite será encerrada a estação pública de rádio e televisão. Calam-se hoje todas as emissões de uma estação que apenas fora silenciada, temporariamente, durante a ocupação nazi.
O argumento do Governo grego para justificar este autêntico golpe de mão é bem conhecido em Portugal: a ERT custa muito dinheiro. Na verdade, não havia ali um problema de financiamento, estando este garantido por uma contribuição audiovisual. A Grécia ficará a ser, por agora, o único país da União Europeia sem rádio e televisão públicas.
Os trabalhadores da ERT estão fechados nas instalações da estação, com o propósito declarado de continuarem a emitir. Os trabalhadores das outras estações declararam uma greve de seis horas em solidariedade com os colegas da ERT.
Não queremos para nós uma RTP encerrada. Somos todos gregos, porque nos solidarizamos com os nossos colegas da ERT e porque temos os olhos postos na sua luta e nos ensinamentos que dela se devem extrair.
O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp .pt
Lisboa, 11 de junho, de 2013
SOMOS TODOS GREGOS
O Governo grego anunciou hoje, de forma fulminante e sem aviso prévio, que a partir da meia noite será encerrada a estação pública de rádio e televisão. Calam-se hoje todas as emissões de uma estação que apenas fora silenciada, temporariamente, durante a ocupação nazi.
O argumento do Governo grego para justificar este autêntico golpe de mão é bem conhecido em Portugal: a ERT custa muito dinheiro. Na verdade, não havia ali um problema de financiamento, estando este garantido por uma contribuição audiovisual. A Grécia ficará a ser, por agora, o único país da União Europeia sem rádio e televisão públicas.
Os trabalhadores da ERT estão fechados nas instalações da estação, com o propósito declarado de continuarem a emitir. Os trabalhadores das outras estações declararam uma greve de seis horas em solidariedade com os colegas da ERT.
Não queremos para nós uma RTP encerrada. Somos todos gregos, porque nos solidarizamos com os nossos colegas da ERT e porque temos os olhos postos na sua luta e nos ensinamentos que dela se devem extrair.
O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp
Lisboa, 11 de junho, de 2013
De Portugal
COMUNICADO Nº 20/13
LÁGRIMAS DE CROCODILO
Segundo despacho da Lusa, o presidente do Conselho de Administração (CA) da RTP afirmou hoje, na V Conferência da ERC, que está muito preocupado por "ter que pôr famílias no desemprego".
Ninguém "tem" de pôr ninguém no desemprego. Alberto da Ponte não "tem" de despedir, não "tem" de aceitar passivamente o corte da indemnização compensatória, não "tem" de aceitar a incumbência de fazer canais internacionais sem dinheiros públicos - e a tudo isto poderia dizer não.
Quando a CT ainda era recebida pelo CA, para dizer ao CA o que este não queria ouvir, por várias vezes lhe apontámos o exemplo de reitores das universidades públicas que se recusavam a fingir uma prestação de serviço público quando o Governo apenas fingia dotar as universidades de verba para funcionarem. Alberto da Ponte não "tinha" de ignorar o exemplo dos reitores, nomeadamente o da Universidade de Lisboa, e não "tinha" de optar pelo caminho oposto.
Se veio para a RTP com instruções para despedir, não se desculpe agora com uma suposta inevitabilidade: podia não ter vindo. E, se tivesse feito tudo para obter os financiamentos indispensáveis à prestação do serviço público, e se todos esses esforços tivessem sido vãos, também nada o obrigava a ficar.
Mas Alberto da Ponte não fez tudo o que podia e, que nós saibamos, nem fez nada do que podia para se opor ao corte da indemnização compensatória. Veio porque quis, ficou porque quis e agora vai despedir porque quer.
Repetimos: o presidente do CA não "tem" de despedir. Nós, trabalhadores, é que "temos" de resistir ao despedimento coletivo - se não quisermos ser cilindrados.
O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp .pt
Lisboa, 6 de junho, de 2013
LÁGRIMAS DE CROCODILO
Segundo despacho da Lusa, o presidente do Conselho de Administração (CA) da RTP afirmou hoje, na V Conferência da ERC, que está muito preocupado por "ter que pôr famílias no desemprego".
Ninguém "tem" de pôr ninguém no desemprego. Alberto da Ponte não "tem" de despedir, não "tem" de aceitar passivamente o corte da indemnização compensatória, não "tem" de aceitar a incumbência de fazer canais internacionais sem dinheiros públicos - e a tudo isto poderia dizer não.
Quando a CT ainda era recebida pelo CA, para dizer ao CA o que este não queria ouvir, por várias vezes lhe apontámos o exemplo de reitores das universidades públicas que se recusavam a fingir uma prestação de serviço público quando o Governo apenas fingia dotar as universidades de verba para funcionarem. Alberto da Ponte não "tinha" de ignorar o exemplo dos reitores, nomeadamente o da Universidade de Lisboa, e não "tinha" de optar pelo caminho oposto.
Se veio para a RTP com instruções para despedir, não se desculpe agora com uma suposta inevitabilidade: podia não ter vindo. E, se tivesse feito tudo para obter os financiamentos indispensáveis à prestação do serviço público, e se todos esses esforços tivessem sido vãos, também nada o obrigava a ficar.
Mas Alberto da Ponte não fez tudo o que podia e, que nós saibamos, nem fez nada do que podia para se opor ao corte da indemnização compensatória. Veio porque quis, ficou porque quis e agora vai despedir porque quer.
Repetimos: o presidente do CA não "tem" de despedir. Nós, trabalhadores, é que "temos" de resistir ao despedimento coletivo - se não quisermos ser cilindrados.
O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp
Lisboa, 6 de junho, de 2013
Piada acadêmica...
Estudante é internado após inserir no Currículo Lattes uma participação em quermesse
Uma
estranha psicopatologia vem tomando uma parcela dos universitários
brasileiros e causando rebu entre os psiquiatras. Trata-se da Síndrome
Lattes, cujo nome deriva da Plataforma Lattes: distinta
entre os estudantes e professores universitários por ser a base do
indispensável e burocrático Currículo Lattes. O Lattes, assim
popularmente conhecido, é uma espécie de embarcação meritocrática que
facilita a navegação no oceano universitário das vaidades. Considerada
uma patologia de grau intenso, a Síndrome Lattes impele o adoentado a
montar uma realidade paralela que costuma identificar ao seu currículo
que passará a estar repleto de atividades não-acadêmicas,
invencionices e ocupações excêntricas. Tudo isso sustentado por uma
linguagem privada ou mesmo esquizofrênica. “Quanto mais o infeliz
atualiza o Currículo Lattes, seja participando de eventos estranhos ou
escrevendo textos esquisitos, mais a contingência por atualizá-lo
aumenta”, afirma o Dr. Carlos Aleiva, da USP. Foi o que aconteceu com
Plínio Caldas da Silva, estudante de Ciência Política na UNIFESP da
Baixada Santista. Ao passar uma tarde na Quermesse da Gota de Leite,
tradicional em Santos, Carlos voltou até sua casa com um comportamento
que deixara de ser inabitual. “Carlinhos saiu dizendo que ia realizar um
trabalho de campo para uma disciplina de Antropologia. Para mim, apenas
uma quermesse. Chegou angustiado em casa, abriu o Currículo Lattes,
atualizou, soltou um grito atemorizante e me deu um abraço forte. Semana
passada, doou sangue no Hospital Beneficência Portuguesa e pôs no
currículo que se tratou de uma participação em evento internacional. Não
sabia mais o que fazer e acabei por interná-lo!”, afirmou Maria Neuza
da Silva, mãe.
Se você é ou tem um estudante universitário em casa, FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS.
• Horas perdidas na Plataforma Lattes buscando o currículo dos amigos;
• Locução constante sobre o próprio Lattes;
• Narcisismo exacerbado acerca de comunicações apresentadas ou artigos escritos;
• Exposição constante e angustiada nas redes sociais acerca dos próprios méritos;
• Corrida ininterrupta por bolsas e viagens para congressos [cujos temas são risíveis];
• Esquecimento progressivo da cerveja, dos sorrisos, da família, dos amigos [concorrentes], do trivial e do motivo mesmo da doença: as pesquisas.
• Locução constante sobre o próprio Lattes;
• Narcisismo exacerbado acerca de comunicações apresentadas ou artigos escritos;
• Exposição constante e angustiada nas redes sociais acerca dos próprios méritos;
• Corrida ininterrupta por bolsas e viagens para congressos [cujos temas são risíveis];
• Esquecimento progressivo da cerveja, dos sorrisos, da família, dos amigos [concorrentes], do trivial e do motivo mesmo da doença: as pesquisas.