Delfim
Netto na Comissão da Verdade em SP
"Nunca apoiei a
repressão. O AI-5 tinha um objetivo. Você estava em um momento muito difícil e
tinha todo um projeto de reeditar a Constituição e fazer a eleição em
1969", disse Delfim Netto. (25/06/2013)
Afirmação foi feita por
ex-ministro na Comissão da Verdade de SP. Delfim assinou documento que
extinguiu direitos civis na ditadura.
Ex-ministro do regime
militar, que não conseguiu se reeleger deputado federal pelo PMDB, é aplaudido
durante plenária de mobilização do PT em São Paulo (10/10/2006)
Aplaudido ao discursar,
Delfim afirmou que este é o momento "de resistir à volta da política que
destruiu este País e impediu o seu desenvolvimento". Lula fez a defesa de
Delfim, ministro da Fazenda no regime militar (...). "O Delfim é um dos
homens mais fortes deste País. Não se elegeu deputado federal porque acharam
que ele foi um traidor. Ele não foi eleito por vingança de um conjunto, de uma
elite de São Paulo, porque ele defendia a nossa política".
Fatos em imagens. Para
pensar.
Documentário: Cidadão Boilesen
Boilesen, foi um dos
primeiros grandes empresários a financiar o aparato político-militar brasileiro,
que torturou e matou em São Paulo, por meio da Operação Bandeirante (OBAN), que
viria a ser o embrião do modus operandi dos DOI-CODI (Destacamento de Operações
de Informações-Coordenação de Defesa Interna).
Presidente do grupo
Ultra, Boilesen foi executado a tiros por militantes guerrilheiros urbanos de
duas organizações de esquerda, em 1971, em São Paulo. Seus executores o
escolheram como exemplo para um "justiçamento", acusando-o de ajudar
no financiamento da repressão e de assistir a sessões de tortura de presos
políticos. Boilesen gozava da intimidade dos agentes de segurança da OBAN,
havendo até um instrumento de tortura conhecida como Pianola Boilesen, em
homenagem ao empresário que trouxe do exterior uma máquina de eletro-choque
acionada por teclado.
O documentário Cidadão
Boilesen de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg, conta a história do
empresário.