Filósofo destaca força da internet e diz que insatisfação do povo é geral
Para professor da Unicamp, movimento brasileiro não é partidário
Para
o professor de filosofia política da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Roberto Romano, a onda de protestos que tomou conta das
principais cidades do país nessa segunda-feira é reflexo de uma
insatisfação geral da população com os políticos e demais autoridades do
Brasil. De acordo com ele, a corrupção, as condições precárias nas
áreas da saúde, da educação, do transporte público estão entre os
principais motivos para a revolta dos brasileiros, que acompanham os
gastos bilionários dos governos com a Copa do Mundo.
Romano disse também que os brasileiros estão aprendendo a usar a
internet para fins de mobilização, o que fortalece os movimentos
sociais. “Agora, nós demos um passo. Acho que tudo isso entra no compto
para este resultado de hoje (segunda-feira)”, disse o professor.
O professor ressaltou que a insatisfação da população não é contra um partido ou governo específico. Por isso, ele considera improvável que o movimento se transforme em brigas partidárias. “Acho difícil porque no bojo dessas manifestações existe uma desconfiança com a classe política no seu todo”, disse Ramano, lembrando que existe um desgaste da população com os poderes executivo, legislativo e até judiciário.
Nessa segunda-feira, milhares de pessoas participaram de manifestações nas maiores cidades do país para protestar contra o aumento das tarifas dos transportes e os gastos com a Copa do Mundo de 2014 em detrimento dos serviços públicos. Em Belo Horizonte, mais de 20 mil pessoas foram às ruas. Em São Paulo, ao menos 65 mil pessoas participaram dos protestos. No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas ocuparam as principais avenidas do centro da cidade.
Protestos foram registrados também em Fortaleza, Porto Alegre, Vitória, Maceió, Curitiba, Salvador, entre outras cidades. O movimento ganhou apoio de brasileiros que moram em outros países, como Estados Unidos e Canadá. A indignação da população repercute na imprensa mundial.
O professor ressaltou que a insatisfação da população não é contra um partido ou governo específico. Por isso, ele considera improvável que o movimento se transforme em brigas partidárias. “Acho difícil porque no bojo dessas manifestações existe uma desconfiança com a classe política no seu todo”, disse Ramano, lembrando que existe um desgaste da população com os poderes executivo, legislativo e até judiciário.
Nessa segunda-feira, milhares de pessoas participaram de manifestações nas maiores cidades do país para protestar contra o aumento das tarifas dos transportes e os gastos com a Copa do Mundo de 2014 em detrimento dos serviços públicos. Em Belo Horizonte, mais de 20 mil pessoas foram às ruas. Em São Paulo, ao menos 65 mil pessoas participaram dos protestos. No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas ocuparam as principais avenidas do centro da cidade.
Protestos foram registrados também em Fortaleza, Porto Alegre, Vitória, Maceió, Curitiba, Salvador, entre outras cidades. O movimento ganhou apoio de brasileiros que moram em outros países, como Estados Unidos e Canadá. A indignação da população repercute na imprensa mundial.
Ouça a entrevista do professor da Unicamp