Quinta-feira, 19 de Março de 2009
Aliados pela corrupção!
Foto: não me recordo de quem, mas foi na ferida! Ou melhor na aliança! É de 2007, creio.
Do Blog do Josias de Souza
Lula pede e aliados negociam cessar-fogo no Senado
Sob a supervisão do ministro José Múcio, coordenador político de Lula, a nata do governismo do Senado negociou um armistício.
Os termos da suspensão das hostilidades foram ajustados na noite desta quarta (18), num restaurante de Brasília.
De um lado da mesa estavam Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gim Argello (PTB-DF) –respectivamente general e tenente da tropa de José Sarney (PMDB-AP).
No meio, mais como operador do Planalto do que como homem de Sarney, estava Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado.
Do outro lado, encontravam-se dois grãopetistas: Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC). Ele, líder do PT no Senado. Ela, ex-líder da legenda.
Múcio foi ao restaurante brasiliense como voz moderadora. Ponderou que, sob a anormalidade das denúncias, é preciso retomar o ritmo normal de votações no Senado.
Acertou-se o fim das escaramuças que envenenam as relações de PMDB e PT, os dois sócios majoritários do consórcio governista.
O tiroteio do Senado começara no início do ano, quando Sarney entrara na briga pelo comando da Casa.
O barulho dos tiros aumentara depois que, em 2 de fevereiro, Sarney pervalecera na disputa sobre o rival Tião Viana (PT-AC).
Desde então, o plenário do Senado trabalha a passos de tartaruga manca. A produção do ano reduz-se à votação de uma mísera medida provisória.
O primeiro resultado prático do desfraldar de bandeiras brancas foi uma meia-volta de Tião Viana, alvo do último disparo.
Durou menos de 24 horas a disposição de Tião de escalar a tribuna do Senado para desancar Sarney.
Na noite de terça (17), abespinhado com o “vazamento” da informação de que cedera um celular do Senado à filha, Tião lustrava a metralhadora.
Subiria à tribuna na tarde desta quinta (19). Programara dizer cobras e lagartos de Sarney. Não dirá mais.
Tião começou a ser desarmado logo cedo. Em visita ao colega, Mercadante desanconselhou o revide. Falou em nome do partido.
Até o início da tarde, Tião ainda era um homem-bomba. Antes do por do Sol, o senador já havia engolido os seus rancores. Tornara-se artefato desarmado.
A prevalecer o tratado de paz negociado na noite desta quarta (18), PMDB e PT vão lacrar o paiol. Em nome da governabilidade, um não dirá mais o que pensa do outro.
Deseja-se agora acertar uma pauta de votações. Simultaneamente, vai-se hipotecar apoio às providências pseudomoralizadoras que Sarney esgrime em resposta às denúncias.
- PS.: A casa de repasto que serviu de cenário para o cessar-fogo não serve pizzas.
Sob a supervisão do ministro José Múcio, coordenador político de Lula, a nata do governismo do Senado negociou um armistício.
Os termos da suspensão das hostilidades foram ajustados na noite desta quarta (18), num restaurante de Brasília.
De um lado da mesa estavam Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gim Argello (PTB-DF) –respectivamente general e tenente da tropa de José Sarney (PMDB-AP).
No meio, mais como operador do Planalto do que como homem de Sarney, estava Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado.
Do outro lado, encontravam-se dois grãopetistas: Aloizio Mercadante (SP) e Ideli Salvatti (SC). Ele, líder do PT no Senado. Ela, ex-líder da legenda.
Múcio foi ao restaurante brasiliense como voz moderadora. Ponderou que, sob a anormalidade das denúncias, é preciso retomar o ritmo normal de votações no Senado.
Acertou-se o fim das escaramuças que envenenam as relações de PMDB e PT, os dois sócios majoritários do consórcio governista.
O tiroteio do Senado começara no início do ano, quando Sarney entrara na briga pelo comando da Casa.
O barulho dos tiros aumentara depois que, em 2 de fevereiro, Sarney pervalecera na disputa sobre o rival Tião Viana (PT-AC).
Desde então, o plenário do Senado trabalha a passos de tartaruga manca. A produção do ano reduz-se à votação de uma mísera medida provisória.
O primeiro resultado prático do desfraldar de bandeiras brancas foi uma meia-volta de Tião Viana, alvo do último disparo.
Durou menos de 24 horas a disposição de Tião de escalar a tribuna do Senado para desancar Sarney.
Na noite de terça (17), abespinhado com o “vazamento” da informação de que cedera um celular do Senado à filha, Tião lustrava a metralhadora.
Subiria à tribuna na tarde desta quinta (19). Programara dizer cobras e lagartos de Sarney. Não dirá mais.
Tião começou a ser desarmado logo cedo. Em visita ao colega, Mercadante desanconselhou o revide. Falou em nome do partido.
Até o início da tarde, Tião ainda era um homem-bomba. Antes do por do Sol, o senador já havia engolido os seus rancores. Tornara-se artefato desarmado.
A prevalecer o tratado de paz negociado na noite desta quarta (18), PMDB e PT vão lacrar o paiol. Em nome da governabilidade, um não dirá mais o que pensa do outro.
Deseja-se agora acertar uma pauta de votações. Simultaneamente, vai-se hipotecar apoio às providências pseudomoralizadoras que Sarney esgrime em resposta às denúncias.
- PS.: A casa de repasto que serviu de cenário para o cessar-fogo não serve pizzas.
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COMENTÁRIO: A COVARDIA NÃO TEM LIMITE.