sábado, 7 de agosto de 2010
Os companheiros e as pedras
Mesmo parecendo repetitivo, já escrevi isto várias vezes anteriormente, a internet expõe o que as pessoas muitas vezes ocultam e demonstra como realmente o brasileiro pensa. O argumento usado pelo leitor no comentário abaixo é recorrente não apenas no tema em questão, a condenação brutal a morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani, uma das muitas pessoas condenadas no Irã que mistura o obscurantismo islâmico com ditadura torpe de Ahmadinejad. O relativismo usado é sempre o mesmo. O individuo em questão faz mais comentários “brilhantes” ao longo da mensagem rebatendo críticas de outros leitores, destaquei o mais “brilhante” digamos assim. Esta retórica é típica dos seguidores de Lula e adjacências que viraram defensores das atrocidades islâmicas, engraçado que antes eles se opunham, pois fazem tudo o que o partido e seu líder fazem. Mais uma vez reitero, Dilma usará o discurso pobre calcado no feminismo de que mulheres são a cosia mais sensacional do universo e que devem se apoiar para que ela se torne a primeira presidente e etc. Lembre-se que ela está com o chefe, para ela o comentário abaixo faz sentido, é a lei islâmica e deve ser cumprida que Sakineh seja apedrejada até a morte pelos companheiros iranianos.
Eu sofro por ser mulher, diz iraniana condenada à morte por adultério
DE SÃO PAULO
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país."
É assim que Sakineh Ashtiani, a iraniana condenada à morte por apedrejamento pelo "crime" de adultério, define o motivo pelo qual aguarda por uma das mais cruéis penas de morte do mundo.
Presa desde 2006 na cadeia de Tabriz, Sakineh falou ontem ao jornal britânico "Guardian" por meio de um intermediário cuja identidade foi mantida em sigilo.
Leia abaixo as principais declarações de Sakineh.
"A resposta é bem simples. É por eu ser uma mulher, é por eles acharem que podem fazer o que quiserem com as mulheres, neste país. Para eles, adultério é pior que homicídio. Mas não todos os tipos de adultério: um homem adúltero pode nem ser preso, mas uma mulher adúltera é o fim do mundo.
É por estar em um país onde as mulheres não têm o direito de se divorciar dos maridos e estão privadas de direitos básicos."
Medo
Julgamento
"Fui considerada culpada de adultério e absolvida do homicídio. O homem que realmente matou meu marido foi identificado e preso, mas não condenado à morte.
Quando o juiz me entregou minha sentença, nem percebi que deveria ser apedrejada à morte porque eu não sabia o que "rajam" significa.
Eles me pediram para assinar minha sentença e eu o fiz, daí eu voltei à prisão, e os meus companheiros de cela me disseram que eu seria apedrejada à morte e eu, instantaneamente, desmaiei.'
Advogado
"Eles queriam se livrar do meu advogado [Mohammad Mostafaei] para que pudessem facilmente me acusar do que quer que fosse sem que ele denunciasse. Não fossem os esforços dele, eu já teria sido apedrejada à morte."
Prisão
"As palavras deles [dos guardas de Tabriz], o jeito como me olham -uma mulher adúltera que deveria ser apedrejada à morte- é como ser apedrejada todos os dias."
Campanha
"Todos esses anos, elas [autoridades tentaram colocar uma coisa na minha cabeça, me convencer de que eu sou uma mulher adúltera, uma mãe irresponsável, uma criminosa. Mas, com o apoio internacional, uma vez mais me vejo uma pessoa inocente. Não deixem que me apedrejem diante do meu filho."
Paulo Barreto (628)(08h29) há 2 horas
"Em todos os lugares do mundo todos nós sabemos existir limites para o que podemos ou não fazer. É sabido que todas as vezes que ultrapassamos tais limites nos venham as suas conseqüências. A tal iraniana que em cumplicidade com dois homens matou o marido e depois, foi brincar com eles, sabia que estava indo muito além dos limites. Pelo costume local foi condenada a uma sentença que nem Cristo se opôs! Que se cumpram os ritos! O Brasil não gostaria que o Irã visse como um absurdo o Carandiru, né?"