Período: 14 a 29 de março de 2012, das 19h00 às 22h00
Quem pode participar: Jornalistas, estudantes e demais interessados
Dias das aulas: 14, 15, 20, 21, 22, 27, 28 e 29 de março de 2012 (terças, quartas e quintas), das 19h00 às 22h00
Vagas: 30
Local: Espaço Vladimir Herzog, Rua Rego Freitas, 530 – Sobreloja (sede do Sindicato dos Jornalistas) – próximo ao metrô República
Os interessados deverão encaminhar e-mail para
cursos@sjsp.org.br
solicitando a pré-inscrição. No e-mail deverá
constar nome completo, formação (curso, faculdade e ano que se formou),
MTb (se possuir) e telefones para contato
A pré-inscrição garante a vaga até 09/03/2012,
último dia para pagamento.
Para jornalistas sindicalizados e estudantes de Jornalismo pré-sindicalizados:
R$ 230,00 à vista ou 2 de R$ 115,00 ou 3 de R$ 100,00 (R$ 300,00)
Para jornalistas e estudantes de Jornalismo não sindicalizados e demais interessados:
R$ 300,00 à vista ou 2 de R$ 150,00 ou 3 de R$ 120,00 (R$ 360,00)
ATENÇÃO: SERÁ OFERECIDO DESCONTO PARA GRUPOS.
CONSULTE O DEPARTAMENTO DE CURSOS.
ATENÇÃO
Os que já participaram dos cursos (EXCETO das atividades gratuitas: seminários, cursos e palestras) têm direito a desconto, consulte a tabela com o Departamento de Formação
O domínio do discurso sionista sobre a
questão palestina durou muito tempo. Só a partir do final da década de
1970, com a abertura dos arquivos dos sionistas para conhecimento
público, e com as pesquisas dos chamados “novos historiadores”
israelenses, esse discurso começou a ser contestado e passou-se a dar
veracidade às narrativas palestinas sobre a Nakba (o processo que levou à
criação do Estado de Israel e as consequências desse processo para o
povo palestino).
Nessa mesma época, especialistas
responsáveis por pesquisas arqueológicas em sítios palestinos começaram a
contestar a versão bíblica e propuseram uma nova teoria para explicar
os textos sagrados – tarefa que o filósofo Benedito de Espinosa, usando
conhecimentos de filologia e um estudo de muitos anos da Torá, já
empreendera no século XVII.
Esses dois acontecimentos, na história e
na arqueologia, seriam acrescentados aos casos levantados por
pesquisadores palestinos em seu próprio país, com seu próprio povo, e
mudariam a compreensão dos estudiosos sobre as raízes do problema que,
iniciado em fins do século XVIII, até hoje abala a região da Ásia
ocidental, ou Oriente Médio, conhecida como Palestina e Israel. Ao
grande público, porém, esse conhecimento praticamente não chegou. As
pressões sobre pesquisadores, autores, editoras, mídia, governos
impediram a livre circulação desse novo saber. Por isso, não é de
espantar que muitos jornalistas ainda não o conheçam. Trata-se de um
assunto que, antes restrito a alguns círculos acadêmicos e políticos,
somente agora começa a ser mais amplamente divulgado no Brasil.
No entanto, faltam referências aos que
pretendem conhecer em detalhes a história de Palestina e Israel. A
bibliografia, em árabe e em hebraico, dificulta ao leitor ocidental o
acesso aos livros. Mas há muitos títulos em inglês, embora permaneçam
desconhecidos do público por falta de divulgação. Há sítios confiáveis
na internet, com fatos documentados, com rigor acadêmico, que podem ser
consultados sem receio. Há organizações de direitos humanos que mantêm
na web os resultados de suas pesquisas, também documentadas. Há juristas
e advogados que deslindam os meandros jurídicos da questão, colocando
artigos à disposição do público.
O objetivo do curso é abordar alguns dos principais pontos da questão
palestina e contextualizá-los histórica e politicamente, para que o
interessado possa conhecer um pouco da história de palestinos e judeus e
iniciar sua própria pesquisa. Nesse sentido, será oferecida uma
bibliografia básica, bem como alguns textos importantes para a
compreensão do problema vivido por dois povos, o israelense e o
palestino.
Jornalista, pós-graduanda em filosofia
política e relações internacionais com projeto sobre a questão palestina
e suas consequências, Baby Siqueira Abrão também é autora de livros
sobre filosofia, mitologia grega e divulgação científica. Mora em Ramala, Palestina, onde é correspondente do jornal Brasil de Fato e colaboradora dos sites Carta Maior e Opera Mundi.
Veio ao Brasil para uma série de palestras, com o líder popular
palestino Abdallah Abu Rahmah, sobre a questão palestina, com apoio da
Embaixada Palestina no Brasil (embaixador Ibrahim Alzeben). Participou
do Fórum Social Mundial (em 2012, Fórum Social Temático), em Porto
Alegre, como representante do Comitê Popular de Resistência Não-Violenta
contra o Muro e as Colônias de Bil’in (www.bilin-village.org; ver também www.popularstruggle.org) e do Palestinian Center for Peace and Democracy (PCPD, http://www.pcpd.org).
Plano de aulas
- raízes do problema:a questão judaica na Europa e a ocupação sionista da Palestina antes de 1948
- sionismo e judaísmo: diferenças
- a guerra, a declaração Dalfour (1917) e o Mandato Britânico
- a partilha da Palestina na ONU: a versão oficial e a versão real
- a Nakba e a criação de Israel como Estado judeu; a guerra contra os árabes e a Declaração de Independência
- expulsos da terra: a questão dos refugiados palestinos, dentro e fora da Palestina
- a Guerra dos Seis Dias e a ocupação total da Palestina histórica
- consequências da guerra:
plano Allon, muro do apartheid, confisco de terras e água, colônias
israelenses em solo palestino, ideologia da segurança, militarização
- o tripé sionista: dominação econômica, mitologia e propaganda
- a ilegalidade da ocupação e as resoluções da ONU
- a ilegalidade do muro, das colônias e de seu regime associado, segundo o Tribunal Internacional de Justiça
- recomendações do TIJ
- as leis de Israel e as
práticas dos governos sionistas configurando o apartheid; a decisão do
Tribunal Russel sobre a questão em 2011
- a ocupação no dia a dia palestino
- o estrangulamento econômico, político e cultural
- a limpeza étnica
- a resistência palestina: da
não-violência à luta armada, e o retorno à não-violência (manifestações
semanais, BDS, ações internacionais)
- as negociações de "paz" e a expansão de Israel; nem "conflito", nem "paz"
- os direitos inalienáveis do ser humano e suas violações
negociações de “paz” e acordos: as perdas da Palestina e a construção do cenário geopolítico atual
- a resistência palestina: da
não-violência à luta armada, e o retorno à não-violência (manifestações
semanais, BDS, ações internacionais)
- as negociações de "paz" e a expansão de Israel; nem "conflito", nem "paz"
- os direitos inalienáveis do ser humano e suas violações
negociações de “paz” e acordos: as perdas da Palestina e a construção do cenário geopolítico atual
- Palestina e Israel hoje: ebulição permanente
- as leis e as práticas que configuram o apartheid
- comitês populares e manifestações não-violentas
- prisões, assassinatos, restrição de movimentos, demolição de casas e demais estruturas
- colônias e outposts, price tags
- a questão política: partidos e facções
- a questão religiosa, a questão arqueológica e o direito internacional
- o apoio da sociedade civil mundial aos palestinos e a pressão para a mudança da posição dos governos
- os EUA subjugam Israel ou Israel subjuga os EUA? Dinheiro, grupos de pressão e poder
- o isolamento político de Israel e EUA no quadro internacional: relevante?
- dois povos, problemas comuns:
o divórcio entre governos e demandas populares; o projeto neoliberal e o
empobrecimento crescente de israelenses e palestinos
- o papel das organizações e
dos cidadãos judeus e/ou israelenses pró-direitos dos palestinos: quem
são, como dão seu apoio e o que fazem
- as soluções: dois Estados, um Estado, normalização, Confederação Israel-Palestina
- dois povos e um futuro?
PARA PAGAMENTO: No Sindicato: Rua Rego Freitas, 530 - Sobreloja, de segunda à sexta, das 9h15 às 11h45 ou das 13h15 às 17h45
ou depósito bancário:
Santander - Agência 0083 - Conta Corrente 13.001.669/9
Favorecido: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo,
CNPJ 62.584.230/0001-00
Atenção: Optando pelo pagamento parcelado, entregar os cheques pré-datados no 1o. dia de aula. ACEITAMOS CARTÃO DE CRÉDITO. Consulte o Departamento de Cursos CERTIFICADOS: Os certificados, expedidos pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, serão fornecidos após a freqüência em, no mínimo, 70% das aulas.
Atenção: Em caso de desistência:
- antes do início do curso: ressarcimento de 85% do valor pago;
- após o início do curso e com até 50% de aulas já ministradas: 50% do valor do curso;
- com mais de 50% das aulas ministradas: não haverá ressarcimento.
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