terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
No Paraná, o tucanato arrasa
da ADUNICENTRO, PARANÁ
Depois da polícia, professores das universidades estaduais ameaçam parar
Categoria quer que o governador Beto Richa cumpra acordo.
Após o perigo iminente de policiais
civis e militares entrarem em greve o governador Beto Richa enfrentará
outra “saia justa”. Os professores das universidades estaduais do
Paraná, incluindo a Unicentro, ameaçam entrar em greve a partir do dia
14 de março, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria.
Para deflagrar o movimento, um ato público será realizado no dia 7 de
março, em Curitiba, onde os professores cobrarão a retomada das
discussões sobre o plano de carreira, que começou ainda em 2011.
Os professores querem que haja
equiparação salarial com os técnicos administrativos do estado, alegando
que estes têm a mesma formação. Entretanto, um técnico recebe hoje R$
2.382,77, um professor auxiliar ganha apenas R$ 1.808,82.
Outra reivindicação importante a ser
abordada entre governo e os sindicatos da categoria é a revisão dos
cortes dos cortes dos recursos para custeio das universidades,
estabelecidos no início de 2012.
O Governo do Paraná alega não ter
recursos, mas sindicato apontam dados que mostram o contrário. O
investimento com folha de pagamento está abaixo dos limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal, que é de 49%. Atualmente o gasto com folha de
pagamento está em 46%. O impacto da equiparação salarial do piso dos
docentes em três parcelas de 9,62%, significa algo entre 0,1 e 0,2% da
folha de pagamento total do Estado a cada ano.
“Um valor pequeno”, avalia a Adunicentro, , entidade que congrega os professores da Unicentro.
Segundo o DIEESE o governo do Paraná
também investiu menos em educação em 2011 (30,17%) do que em 2010
(31,79%). Os números absolutos aumentaram, mas não se comparados à
arrecadação, que aumentou 15% (de 14 para R$ 16 bilhões). A lei obriga
que se gaste no mínimo 30%.
E tem mais um dado. A estimativa do
DIEESE é que o crescimento da arrecadação do Estado seja de 6%. Mas este
é um valor subestimado e que deve ficar entre 10% e 12%, aponta o
Dieese.
“Caso o governo não mude sua
posição intransigente em relação ao rompimento do acordo salarial com os
docentes, haverá discussão de indicativo de greve geral a partir de 14
de março”, avisa a Adunicentro.